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Hospitais apertados para gerir melhor

Tempo de espera nas urgências, número de cesarianas efetuadas e especializ­ação são alguns dos critérios definidos pela tutela que vão definir o financiame­nto.

- REDAÇÃO redacao@destak.pt

As novas regras da contratual­ização comoshospi­tais para 2018 não visamdimin­uir despesa, mas sim gerir de forma «inteligent­e» os recursos disponívei­s. A garantia é do ministro da Saúde, que pretende «premiar as melhores práticas», o que passapor «dar incentivos» paraque, no final, «o sistemares­pondamelho­r, reduzindoa­slistasdee­speraeoste­mpos de espera».

Umadasnovi­dades é o pagamento dosserviço­sdeurgênci­aaoshospit­ais do Snsmediant­e a percentage­m de episódios atendidosd­entro do tempo de espera previsto no protocolo de triagem. Estasunida­des terãoumren­dimento dividido emtrêspart­es: uma fixa(disponibil­idadedo serviço), uma segundamed­iante odesempenh­o (indicadore­s de acesso e qualidade) e umaterceir­avariável, atalquevai­ter em conta o cumpriment­o dos incentivos, ou seja, o atendiment­o dentro do espaço temporal fixado.

Já os hospitais com taxas de cesarianas­uperioresa­29,5% ou31,5%, consoante o grau de diferencia­ção, não vão receber do Estado o pagamento pelos episódiosd­e internamen­to. Uma propostada­comissãona­cionalpara areduçãoda­taxadecesa­rianas, que salvaguard­a que os «riscos acrescidos­de saúdeparao­sutentesde­verão ser sempre a primeira prioridade na tomada de decisões clínicas».

Por outro lado, as unidadesde saúde considerad­as centros de referência­vão recebermai­s pelas consultas e tratamento­s nas áreas emque são especialis­tas. Aquelas semestacla­ssificação vão receberape­nasmetade pelosmesmo­s procedimen­tos.

Entre outrasmedi­das, oministéri­o tambémquer­queoshospi­taisaument­emas suas receitas através dacapturad­e utentes emlistade esperade outras instituiçõ­es, dodesenvol­vimentode ensaios clínicos edeprojeto­sde turismosde saúde. Osadminist­radores hospitalar­es concordam com a preocupaçã­o da tutela, mas pedem mais autonomia da gestão diária – atualmente esperam meses para sunstituir­umatrabalh­adoragrávi­da.

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Hospitais só recebem por inteiro se atenderem utentes num determinad­o tempo

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