Temperaturas altas afetam aprendizagem
Termómetros acima dos 28 graus centígrados nas salas de aula podem implicar dificuldade de raciocínio e de lógica, prejudicando a aprendizagem dos alunos.
Maisdoquesensocomum, agora há um estudo a comprová-lo. «Atemperatura mais elevada do ar pode provocar o aumento da frequênciacardíacados estudantes acimade100batimentosporminuto» explica à agência Lusa o investigador Paulooliveira, daescolasuperiorde Tecnologiaegestão(estg), dopolitécnico doporto, umadas entidades portuguesas que participamno projeto que analisa esta problemática.
Com o ritmo cardíaco acelerado, os alunos passama consumir «mais calorias», o que acabapordiminuir o ser «desempenho cognitivo». Relativamente a temperaturas temperadas, que se encontramentre os 22 e 24 graus centígrados, ainterferência encontrada não foi significativa.
Atemperatura ideal para as salas de aula, explicao investigador, depende da estação do ano, sendo que no inverno amesmadeve estar entre os 22 e os 24graus centígrados, enquanto no verão deve ficar à volta dos 18 graus. Para que as salas de aula reúnam as condições para os alunos aprenderemde forma confortável, é fundamental a regulação da temperatura e do conforto térmico.
As escolas «devem providenciar umbom isolamento térmico e, caso este não funcione de forma adequada, devem ter também sistemas de climatização». Nestes casos, é igualmente importante que os filtros dos equipamentos sejamverificadoscom regularidade, para impedir a entradadepoeirae de partículas de ar.
Temperaturas sempre a subir
Oaumento da temperatura nomun- do temsido contínuo, semqualquer interrupção do aquecimento global entre 1998 e 2012 como propunham alguns estudos. Aconclusão é deum novo trabalho de investigação ontem divulgado narevistanatureclimate Change.
Asuposta pausa no aquecimento global, atribuída à influência do El Niño no Pacífico, ficou a dever-se à faltadedadossobreastemperaturas noártico.