Café Luso, 90 anos a celebrar o Fado
6º aniversário da proclamação do Fado como Património Imaterial da Humanidade, pela UNESCO, e os 90 anos do Café Luso são celebrados hoje naquele espaço.
Nas palavras de João Pedro Ferreira Borges, do Fado & Food Group, proprietário da histórica casa de fados do Bairro Alto, em Lisboa, «uma casa com a responsabilidade do Café Luso, que é a ‘Catedral do Fado’, deve celebrar esta distinção internacional, mas também o seu próprio aniversário, tendo convidado alguns dos nomes que fizeram e fazem parte do elenco». Hoje à noite, além do convívio fadista, será também inaugurada uma exposição referente à atividade artística do Café Luso, onde, entre outros, Amália Rodrigues cantou várias noites e gravou um álbum.
Antes de ser moda
João Pedro Ferreira Borges, citado pela Lusa, salientou que, durante vários anos, «quando o Fado não estava em voga, como atualmente, o Café Luso e outras casas de Fado fizeram uma caminhada no deserto, tendo sabido manter viva a cultura fadista e procurado que o Fado não estagnasse», criticando ainda «o Fado avulso» que, atualmente, há na cidade de Lisboa, sem «a devida contextualização artística» e outros critérios, como a licença de recinto e normas de segurança, que são exigidos às casas típicas, que se sentem «penalizadas» pela «concorrência desleal» de outros espaços que não cumprem quaisquer critérios.
Na celebração de hoje, entre outros nomes ilustres da canção de Lisboa, são homenageados os fadistas Maria Amélia Proença, Celeste Rodrigues, Julieta Estrela, Florinda Maria, Julieta Reis, Deolinda Maria, Ana Laíns, João Casanova, Fernanda Pinto, Odete Rosa, Mafalda Taborda e o guitarrista José Manuel Neto, participando também o elenco da casa, que inclui Elsa Laboreiro, Yola Dinis, Catarina Rosa, Filipe Acácio e Cristiano de Sousa, e os músicos Bruno Chaveiro e André Dias (guitarra portuguesa), António Neto (viola), e Jorge Carreiro (contrabaixo).