Destak

Ainda há quem o bajule

- HENRIQUE JORGE CARDEAL DE MORAIS Porto

Acabo de ler a crónica de Filomena Mónica no Expresso desta semana e nem imaginam a satisfação que senti no fim pois, para além de um artigo de opinião, é também uma verdadeira aula de sociologia a respeito de José Sócrates. Já agora, aproveito a ocasião para confessar que a minha concordânc­ia é total, pois desde o início da sua carreira como governante, sempre me impression­aram certos tiques. Como esquecer a sua vocação para o “mise en scène” aquando da impulsão das torres em Tróia tentando fazer crer que era ele mesmo que ia provocar a detonação, e para seu azar, uma das torres começou a cair mesmo antes de carregar na alavanca? Mas aquela cena foi apenas a primeira do filme de terror que produziu enquanto, para nossa desgraça, exerceu aquele alto cargo. Também não consigo esquecer a cena da sua chegada de Évora à casa que servia de cenário para encobrir a encoberta para onde se dirigiu e já lá estavam os amigos. Para completar esta cena, a “mise en scène” até meteu a entrega de pizzas na casa cenário, enquanto lá atrás, na vivenda com piscina, se degustavam lagostas com champanhe. (...) Uma personagem sinistra. E é mesmo. Sem me socorrer da tradução de “esquerda” para italiano pois eles lá terão as sua razões, mas recorrendo ao dicionário informal que diz: estranho, medonho, cavernoso, obscuro, perigoso . . . algo sem explicação.

Termino com um muito obrigado à corajosa Dr.ª Filomena Mónica pelo seu ensinament­o na esperança que sirva a todos que ainda hoje o bajulam.

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