Novo imposto alimentar pode ser necessário
Com o consumo de carne a aumentar até 2050, uma taxa ajudaria a lidar com os problemas ambientais.
Há poucas semanas, a versão final do Orçamento do Estado para 2018 deixou de fora o chamado imposto batata frita. Basicamente tratava-se de uma taxa sobre produtos com sal, à semelhança do que já se fez com as bebidas açucaradas. Só que os deputados não foram para a frente com a ideia.
Agora, alguns investidores apostam que governos em todo o mundo vão encontrar uma forma de começar a tributar a produção de carne para melhorar a saúde pública e cumprir as metas estabelecidas para as emissões no Acordo do Clima de Paris. Quem o diz é a Bloomberg, num artigo citado pelo Jornal de Negócios.
O problema é que o gado é responsável por 14,5% das emissões dos gases que causam o efeito estufa. Como as Nações Unidas estimam um aumento de 73% no consumo global de carne – muito por culpa de China e Índia –, a meta de reduzir o aquecimento global para 2 graus fica seriamente ameaçada. Ao ponto de os especialistas dizerem que este alimento terá de ser taxado, à semelhança do tabaco, do carvão e do açúcar.
Esforço da UE é insuficiente
A Zero acusa os países da UE de ignorarem o «inevitável»: é preciso acelerar a transição energética. Diz a associação ambientalista que, para se atingir o propósito definido em Paris para 2030, a meta de 27% de energia renovável deveria ser de 45%, além de que falta financiamento.