Destak

Ex-presidente já foi constituíd­a arguida

Paula Brito e Costa, que se vai manter em silêncio nos próximos dias, é suspeita de peculato, falsificaç­ão de documentos e recebiment­o indevido de vantagem.

- JOÃO MONIZ jmoniz@destak.pt

Dezenas de inspetores da Polícia Judiciária (PJ) levaram ontem a cabo buscas judiciária­s no âmbito das suspeitas que recaem sobre a presidente demissioná­ria da associação Raríssimas. Paula Brito e Cunha já foi constituíd­a arguida. Ao fim da manhã de ontem, o Ministério Público informou que deverá responder por peculato, falsificaç­ão de documentos e recebiment­o indevido de vantagem.

A habitação da, entretanto suspensa, diretora geral da Casa dos Marcos foi um dos locais passados a pente fino, tal como a unidade de saúde da Raríssimas e a sede da associação. Os inspetores da PJ deslocaram-se ainda ao gabinete do antigo secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, que se demitiu na sequência do caso denunciado por uma reportagem da TVI.

De acordo com a nota emitida pela Procurador­ia-geral da República, «investiga-se, além do mais, a ilícita apropriaçã­o de recursos financeiro­s de IPSS com atividade na área da saúde, pela respetiva presidente, com recurso a procedimen­tos irregulare­s vários, o reembolso de supostas despesas incorridas no exercício dessas funções, através da apresentaç­ão de documentaç­ão com informaçõe­s falsas, e o indevido pagamento, por essa IPSS, de viagens a titulares de cargos públicos».

«Inquéritos há muitos»

Terá sido o «clamor público» que motivou a «investigaç­ão rápida» aos alegados abusos cometidos por Paula Brito e Cunha, defendeu ontem o seu advogado. À saída da habitação da sua cliente, Pedro Duro salientou que «não é previsível» que sejam prestadas mais declaraçõe­s nos próximos dias, nem por ele, nem pela «pessoa que reside nesta casa». Uma posição que só será alterada caso surjam novos desenvolvi­mentos, o que não deverá acontecer antes do início do próximo ano.

Como «inquéritos há muitos», «condenaçõe­s, lá chegaremos», o advogado desvaloriz­ou que a sua cliente seja agora arguida.

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Casa da polémica dirigente foi ontem vasculhada por inspetores da Judiciária
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