Adeus 2017 e um bom 2018
Oano está a acabar e é tempo de fazer um balanço do que correu bem. Do que correu mal. 2017 foi um ano com boas notícias para Portugal e para os Portugueses. Na frente económica vimos as famílias a melhorar a sua qualidade de vida no presente, fruto da criação de emprego, do aumento do endividamento e da redução da poupança (que nunca esteve tão baixa). O incentivo ao consumo traduziu-se no agravamento das condições financeiras das famílias a prazo, tornando-as mais vulneráveis e cada vez mais dependentes da banca e do Estado. Acreditámos na ilusão de que “as dívidas não se pagam” e que podemos aumentar os custos sem aumentar as receitas. Dizem-nos inclusivamente que mesmo mantendo o défice orçamental é possível reduzir a dívida pública
(uma proeza matemática ou um jogo de palavras?). Para as famílias, o ano de 2017 foi uma oportunidade perdida. É certo que depois de muitos anos com sacrifícios todos desejamos melhorar a nossa qualidade de vida. Mas também é certo que devemos viver com os pés na terra e mostrar que aprendemos com os erros. O crédito está a níveis nunca antes vistos. A poupança está nas ruas da amargura. O preço das casas e o valor das rendas estão em níveis loucos. Mas é certo que enquanto a música toca, temos todos de dançar. E com um sorriso, mesmo que ignorando a realidade. Talvez o ano de 2018 possa ser um ano de viragem efetivo para as famílias. Um ano em que possamos gerir as nossas finanças pessoais com mais prudência e com os olhos postos no futuro. Um ano em que nos dedicamos a aumentar as poupanças, a fazer investimentos criadores de valor e a encarar os problemas com frontalidade. Talvez…