«Sou visto como alguém relacionável, tangível»
são os grandes desafios que enfren- tas? Sempre fui muito inquisitivo quando me encontrava com ele e acabávamos a falar dessas coisas. O que lhe posso dizer é: quem sabe daqui a 3 anos vamos poder ter outra conversa sobre política. Talvez essa conversa não tenha lugar por mais 7 anos. Vamos ver o que acontece. Depois, claro, há a ambição que é preciso ter no cinema. Este ano já tive o Baywatch, um projeto que demorou 5 anos a concretizar, e estamos a finalizar o filme Rampage – que temos tido nas mãos há já dois anos. Ou seja, nos próximos 3 anos tenho a agenda totalmente ocupada. Há muitas ideias na calha. O que lhe posso garantir é apenas isto: não tenho nenhuma experiência política nem vejo que deva oferecer a minha opinião pessoal sobre assuntos de índole política. A diferença entre o que havia antes e aquilo que existe agora é esta: tomei consciência da questão política. Isso só aconteceu depois de um certo movimento de raiz, orgânico, uma espécie de levantamento de massas. O que tenho de fazer agora é tentar perceber a ligação entre estas pessoas e o que é possível fazer no terreno. É isso que verdadeiramente se passa – quero continuar a interpretar a conectividade entre os diversos elementos. Além disto, de um modo geral, faço tenção de estar em comunicação permanente com as pessoas. Tento compreender o tal movimento nas bases. É também essa uma das minhas obrigações, a de continuar a sentir o que se passa por aí.
«Nos próximos três anos tenho a agenda totalmente ocupada. Há muitas ideias na calha»