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Medidas urgentes para fogos urbanos

Bombeiros profission­ais pedem «mais poder de fiscalizaç­ão e ação» para que se evitem tragédias como a de Vila Nova da Rainha. Ministério Público vai investigar.

- JOÃO MONIZ Com Agência Lusa

Tndo «assistido com preocupaçã­o ao número de incêndios urbanos ocorridos nos últimos dias com consequênc­ias catastrófi­cas», a Associação Nacional de Bombeiros Profission­ais (ANBP) considerou premente criar medidas para evitar incêndios urbanos, defendendo a atribuição de poderes aos bombeiros para fiscalizar­em os edifícios.

E porque há uma «necessidad­e urgente de fiscalizar estes espaços no que diz respeito ao licenciame­nto da sua atividade», a ANBP entende que as vistorias feitas pela Autoridade Nacional de Proteção Civil devem passar a ser obrigatóri­as, «deixando de ser suficiente o simples parecer de um técnico para dar luz verde ao processo de licenciame­nto». Dito de outro forma, é «muito importante» atribuir aos bombeiros «mais poder de fiscalizaç­ão e ação».

Numa altura em que se discute o que é preciso alterar no combate e prevenção aos fogos florestais, a associação diz que também é tempo de«criar legislação ou cumprir e fiscalizar o cumpriment­o da já existente no que diz respeito a edifícios antigos e em novas construçõe­s». Além de um efetivo controlo das atividades que são exercidas em coletivida­des como a de Vila Nova da Rainha ou «em espaços comerciais com material inflamável e que, alegadamen­te, não cumprem as regras de segurança», como se viu numa loja chinesa que ficou completame­nte destruída nos Olivais, em Lisboa.

Funerais das vítimas

O Ministério Público instaurou um inquérito para apurar as circunstân­cias em que ocorreu o incêndio na Associação Cultural, Recreativa e Humanitári­a de Vila Nova da Rainha. O processo será conduzido pelo DIAP de Viseu, auxiliado pela PJ.

Ontem foram enterradas as oito vítimas mortais do incêndio de sábado, com várias dezenas de pessoas presentes. Nove feridos continuava­m internados no Hospital de Viseu, dois deles na unidade de cuidados intensivos

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Dezenas de pessoas prestaram a sua solidaried­ade aos familiares das vítimas

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