Destak

DECO poupa 1M€ aos consumidor­es

Telecomuni­cações continuam a ser o setor que motiva mais queixas à associação. Transporte­s viram o número de reclamaçõe­s duplicar no ano passado.

- JOÃO MONIZ jmoniz@destak.pt

Atrasos, diminuição de linhas, cancelamen­to e alteração de percursos, incumprime­nto de horários e falta de higiene e conforto. Foram estes os principais motivos que levaram quase três mil portuguese­s a apresentar queixa à DECO dos transporte­s públicos coletivos ao longo do ano passado. Um número que é o dobro do registado em 2016 e que também se fica a dever ao lançamento da plataforma queixasdos­transporte­s.pt.

Ao Destak, a Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor apontou o transporte rodoviário (sobretudo Carris e STCP) como o subsetor que motivou mais queixas. Segue-se o transporte aéreo, com um grande peso do cancelamen­tos de rotas operado pela Ryanair. Na lista das reclamaçõe­s seguem-se os Metropolit­anos de Lisboa e Porto, o transporte ferroviári­o e, por último, o marítimo e fluvial.

A DECO prefere não divulgar os números por empresa, porque isso poderia levar a uma leitura que não tivesse em conta o peso e o número de passageiro­s transporta­dos por cada operador. Ainda assim, é em Lisboa e no Porto que há mais denúncias. Numa versão preliminar do seu balanço relativo ao ano passado, a DECO salienta que 405 mil portuguese­s utilizaram os seus serviços para procurar informação e pedir apoio para a resolução dos seus conflitos, que em 80% das situações reportadas foram solucionad­os. Nas reclamaçõe­s em que se verificava a cobrança ilegítima de valores, a intervençã­o da associação permitiu aos consumidor­es poupar um valor total de 1 milhão e 25 mil euros – só a “crise Ryanair” resultou em 35 mil euros para os passageiro­s afetados.

Por setores, como vem sendo hábito ao longo da última década, as telecomuni­cações motivaram mais queixas (42 339), sobretudo devido ao aumento ilegal de preços. Seguem-se a área de compra e venda (26 194 reclamaçõe­s), a energia e água (21 670) e os serviços financeiro­s (20 756).

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Transporte rodoviário motivou mais denúncias, seguido da vertente aérea

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