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Mais 800 militares para lutar contra incêndios

GNR reforçada com 600 elementos (efetivo do Grupo de Intervençã­o de Proteção e Socorro quase duplica) e Forças Armadas com 200. Aprovados 500 km de aceiros.

- JOÃO MONIZ jmoniz@destak.pt

Com efeitos imediatos, o Concelho de Ministros aprovou ontem o recrutamen­to de 600 militares para a GNR. Estes novos elementos vão compensar as 500 vagas abertas para o Grupo de Intervençã­o de Proteção e Socorro (GIPS) e as 100 vagas para o Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA). O GIPS conta atualmente com cerca de 600 elementos, recrutados no seio da GNR e sujeitos a formação específica.

O Governo autorizou ainda, em regime de voluntaria­do ou de contrato, a contração de 200 elementos para as Forças Ar- madas. A isto junta-se o reforço dos equipament­os, nomeadamen­te da rede SIRESP, dos veículos de transporte e combate aos fogos ou do sistema de vigilância da Força Aérea.

Governo ajuda na limpeza

No Conselho de Ministros de ontem também foi aprovada uma alteração à lei do Sistema Nacional de Defesa

da Floresta contra Incêndios que clarifica os critérios aplicáveis nas faixas secundária­s de gestão de combustíve­l. Uma medida considerad­a «absolutame­nte decisiva» ao nível da prevenção. Nesse âmbito, vão ser criados 500 km de aceiros, também conhecidos como autoestrad­as florestais em que espécies mais vulnerávei­s aos incêndios são substituíd­as por espécies autóctones e mais resiliente­s ao fogo.

Serão feitas intervençõ­es de proteção em parques naturais, áreas de paisagem protegidas e na rede hidrográfi­ca e criados parques de madeira. O Governo assegurou que a legislação relativa à limpeza das florestas não foi feita para criar dificuldad­es aos municípios, com quem pode colaborar face à «dimensão da tarefa.

Segundo a Associação dos Profission­ais da Guarda, a GNR tem atualmente um défice de 4000 militares

150M€ para empresas

O Banco Europeu de Investimen­to (BEI) e o BCP assinaram um acordo para a concessão de 150 milhões de euros às pequenas e médias empresas afetadas pelos incêndios ao longo de 2017.

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