Mais 800 militares para lutar contra incêndios
GNR reforçada com 600 elementos (efetivo do Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro quase duplica) e Forças Armadas com 200. Aprovados 500 km de aceiros.
Com efeitos imediatos, o Concelho de Ministros aprovou ontem o recrutamento de 600 militares para a GNR. Estes novos elementos vão compensar as 500 vagas abertas para o Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro (GIPS) e as 100 vagas para o Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA). O GIPS conta atualmente com cerca de 600 elementos, recrutados no seio da GNR e sujeitos a formação específica.
O Governo autorizou ainda, em regime de voluntariado ou de contrato, a contração de 200 elementos para as Forças Ar- madas. A isto junta-se o reforço dos equipamentos, nomeadamente da rede SIRESP, dos veículos de transporte e combate aos fogos ou do sistema de vigilância da Força Aérea.
Governo ajuda na limpeza
No Conselho de Ministros de ontem também foi aprovada uma alteração à lei do Sistema Nacional de Defesa
da Floresta contra Incêndios que clarifica os critérios aplicáveis nas faixas secundárias de gestão de combustível. Uma medida considerada «absolutamente decisiva» ao nível da prevenção. Nesse âmbito, vão ser criados 500 km de aceiros, também conhecidos como autoestradas florestais em que espécies mais vulneráveis aos incêndios são substituídas por espécies autóctones e mais resilientes ao fogo.
Serão feitas intervenções de proteção em parques naturais, áreas de paisagem protegidas e na rede hidrográfica e criados parques de madeira. O Governo assegurou que a legislação relativa à limpeza das florestas não foi feita para criar dificuldades aos municípios, com quem pode colaborar face à «dimensão da tarefa.
Segundo a Associação dos Profissionais da Guarda, a GNR tem atualmente um défice de 4000 militares
150M€ para empresas
O Banco Europeu de Investimento (BEI) e o BCP assinaram um acordo para a concessão de 150 milhões de euros às pequenas e médias empresas afetadas pelos incêndios ao longo de 2017.