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TV ocupa tempos livres de 40% dos portuguese­s

Elevado nível de sedentaris­mo é um dos fatores de risco para a ocorrência de um AVC que preocupam os especialis­tas. A incidência da diabetes está a diminuir.

- REDAÇÃO redacao@destak.pt

Um estudo à escala nacional realizado em 2015 mostra que 40% dos portuguese­s ocupa os tempos livres a ver televisão. Resultado que o coordenado­r do Departamen­to de Epidemiolo­gia do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge considera preocupant­e.

Segundo Carlos Dias, «confirma-se uma elevada prevalênci­a de fatores de risco como a hipertensã­o, obesidade, sedentaris­mo, uma alimentaçã­o que não é saudável e que contribuem para a ocorrência de Acidente

Vascular Cerebral

(AVC). Conclusões que resul- tam dos dados recolhidos junto de 4200 pessoas (homens e mulheres com idades entre os 25 e 74 anos) distribuíd­as pelas sete regiões do país.

A «elevada frequência de sedentaris­mo» é alarmante porque «a atividade física é essencial no controlo das doenças cardiovasc­ulares, diabetes e obesidade». Ainda assim, nem tudo são más notícias. A taxa de prevalênci­a da diabetes baixou para os 9,8% em 2015, quando sete anos antes estava nos 12%.

«Tudo aponta para que a diabetes esteja numa tendência decrescent­e.

Outro resultado destacado pelo assistente graduado sénior de saúde pública «é aquele que nos mostra que nas pessoas de estratos sociais menos favorecido­s, como as que têm menor grau de instrução ou que estão desemprega­das há uma maior frequência desses fatores de risco». Daí que seja necessária «uma nova linguagem» na relação médico-paciente. Sobre o aparente insucesso das sucessivas campanhas de conscienci­alização para a doença junto da população mais jovem, Carlos Dias explicou que continua a haver uma oferta pouco saudável, apesar das melhorias neste campo.

Números mostram que hipertenso­s e diabéticos sabem que têm a doença e estão medicados

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