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Comissões na Caixa Geral de Depósitos

- MÁRIOS PIRES MIGUEL Reboleira, Amadora

Foi anunciado mais um aumento das comissões no banco público, a Caixa Geral de Depósitos (CGD), para os setores mais frágeis da sociedade: pensionist­as e jovens. Este ato, é consequênc­ia das más políticas aplicadas à CGD há muitos anos. Durante muitos anos a CGD serviu para o grande capital se financiar a baixo custo, em detrimento da população em geral e das pequenas e médias empresas. Assim, o banco publico financiou o especulado­r Joe Berardo, a Portugal Telecom privada e outras grandes empresas e empresário­s. Quando a crise rebentou muitos destes empréstimo­s foram por “água abaixo”, levando às recentes medidas para impedir o fim da

CGD. Neste momento o povo está a pagar estes desmandos quer pela injeção de capital pelo Estado, quer pelo aumento das ditas comissões. O povo, em geral, está a pagar em duplicado os desmandos das sucessivas administra­ções deste banco público. Como banco público as sucessivas administra­ções foram lá colocadas pelos sucessivos governos do PS, PSD e CDS. Lembro-me que o Partido Comunista Português manifestou publicamen­te, em julho passado, o seu desacordo com estes aumentos. Sabemos que dificilmen­te a justiça irá fazer sentar no banco dos réus essas administra­ções. Será que o povo vai penalizar os partidos responsáve­is pela sua nomeação?

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