Protestos anti-fecho de estações de CTT
Dezenas de utentes das freguesias de Aldeia de Paio Pires (Seixal) e de Camarate e Apelação (Loures) manifestaram-se ontem à porta da sede dos CTT, em Lisboa.
Ao mesmo tempo que, no exterior, os cerca de 60 utentes empunhavam cartazes com palavras de ordem contra o fecho das estações, os autarcas do Seixal, Loures, Odivelas, Alpiarça e Riba de Ave, reuniam-se com o administradorexecutivodosctt,antóniopedro Silva, responsável pela parte operacional das lojas. Gritando «Reversão da privatização», «Só a reversão é a solução» ou «Privatização é roubo à população», os cerca de 60 utentes esperarammaisdeumahoraatéqueosseus representantes autárquicos trouxessem novidades da reunião. À saída da reunião, o presidente da Câmara Municipal de Loures, Bernardino Soares (CDU), adiantou aos jornalistas não ter sido dada «justificação racional» para o fecho das estações, considerando que se tratam «de critérios puramente economicistas»: «Há uma total insensibilidade para com as populações e para com as empresas», acusou o autarca, referindo ainda que a administração dos CTT «está completamente alheia
Reversão da privatização” ou “Privatização é roubo à população” foram palavras de ordem
às necessidades e longe do interesse público», além de estar a querer «passar os custos para outras entidades».
Empresa dá garantias
Concluída a reunião, o administrador executivo dos CTT garantiu que a empresa «não vai abandonar as populações» e sublinhou que esta está «empenhadaemencontrarsoluções»comautarquias e privados de forma a garantir o serviço. As alternativas passam, segundo o responsável, além da negociação com a Anafre - Associação Nacional de Freguesias, por soluções como papelarias,adiantandoaindaaexistência de outras entidade «interessadas em ter serviço dos CTT».