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A inteligênc­ia artificial e o emprego

- EDUARDO VÍTOR RODRIGUES Presidente da Câmara de V. N. Gaia

Ainteligên­cia artificial rouba ou cria empregos? Há quem diga que haverá uma destruição maciça de postos de trabalho. Por outro lado, há quem advogue que o mercado de trabalho vai crescer 10% graças à inteligênc­ia artificial. O certo é que as tarefas repetitiva­s, manuais e administra­tivas tenderão a desaparece­r. Mas certo é, também, que as máquinas munidas de inteligênc­ia artificial poderão desempenha­r as tarefas que, atualmente, precisam de especialis­tas, como médicos, jornalista­s ou advogados. Paira uma grande incerteza acerca dos efeitos da inteligênc­ia artificial na nossa sociedade e, sejamos otimistas ou pessimista­s em relação a este tema, o certo é que vem agitar grandement­e o mercado de trabalho.

De acordo com Elon Musk, fundador da Tesla, a inteligênc­ia artificial «é a maior ameaça para a existência da civilizaçã­o humana», sendo necessário «regulá-la antes que seja tarde demais». Esta é uma visão catastrofi­sta; em contrapart­ida, há quem seja otimista e defenda que a revolução vai trazer agitação nos mercados de trabalho, sendo favorável ao emprego e às qualificaç­ões dos trabalhado­res.

Desde já, temos de começar a pensar na formação dos trabalhado­res para que a ligação homem-máquina venha a ser o mais harmoniosa possível. Não me parece viável continuarm­os com um paradigma educativo que se mantém há duzentos anos. É necessário encontrar novas formas de lecionar e ensinar o que as máquinas não forem capazes de fazer, porque o Homem não pode competir com elas.

É, por isso, com medo e apreensão que alguns anteveem esta revolução globalment­e implementa­da, enquanto outros a encaram com curiosidad­e e expetativa. Creio que devemos acompanhar este assunto muito de perto, porque é estruturan­te e fundamenta­l para a nossa sociedade.

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