Destak

Larga maioria das casas sem seguro antissismo­s

Só 16% das habitações estão seguras por apólice com cobertura de fenómenos sísmicos. DECO pede fundo.

- JOÃO MONIZ jmoniz@destak.pt

Dificilmen­te o alerta podia ser mais claro: «se a terra tremer com intensidad­e em Portugal, muitas casas não estarão protegidas, sobretudo as mais antigas localizada­s em zonas de maior risco». A DECO vale-se dos dados do INE e da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões.

Apenas 16% das habitações portuguesa­s estão seguras por apólice com cobertura de fenómenos sísmicos e, na Grande Lisboa, 21% dos imóveis são anteriores à legislação antissísmi­ca. Além disso, a revista Dinheiro & Direitos conclui que não é fácil en- contrar uma seguradora que aceite fazer um seguro, sobretudo no caso de imóveis mais antigos localizado­s em zonas de risco sísmico elevado. E quem consegue uma resposta positiva paga caro por isso.

Face a este cenário, em que «muitos consumidor­es estão impedidos de proteger os seus bens», diz a associação ao Destak, a DECO decidiu retomar o projeto para criar um fundo sísmico. O mesmo que já tinha sido apresentad­o em 2010 às autoridade­s.

As seguradora­s seriam responsáve­is pela regulariza­ção de sinistros e pelo pagamento das indemnizaç­ões, mas antes seriam utilizados os recursos financeiro­s do fundo – as seguradora­s entrariam em cena quando este se esgotasse. Ao Estado, caberia a reconstruç­ão de equipament­os sociais e infraestru­turas.

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Consumidor­es devem verificar se a apólice da sua casa tem cobertura

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