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O cresciment­o do Produto Interno Bruto

- EDUARDO VÍTOR RODRIGUES Presidente da Câmara de V. N. Gaia

OProduto Interno Bruto (PIB) aumentou 2,7 por cento, em Portugal, no ano de 2017 – o maior cresciment­o desde 2000 –, o que vem reforçar o facto de que estamos a crescer a um ritmo superior à média europeia. Este indicador, conhecido na passada semana, representa uma excelente notícia. Mais ainda quando, a par deste, existem outros dados que merecem atenção, como o desemprego – o número de desemprega­dos desce todos os meses, sendo criados novos postos de trabalho; as exportaçõe­s aumentam paulatinam­ente; as receitas do turismo nunca foram tão elevadas. Face a todos estes indicadore­s sobre a economia portuguesa, pode concluir-se com rigor que o País está a recuperar da crise que tanto nos prejudicou. O Governo tem razões para comemorar e defender que as suas políticas estão a dar certo. Sobretudo se nos recordarmo­s de que há dois anos poucos acreditava­m que estes resultados fossem possíveis, e os partidos da direita diziam que vinha aí uma catástrofe. Importa continuar este bom caminho, reconhecer como positivo o que de facto é positivo, sem entrar em euforias ou deslumbram­entos. Não podemos esquecer-nos, porém, de que o País tem ainda muitos e graves problemas e que há ainda muito caminho a percorrer. O número daqueles que não têm emprego deve preocupar-nos a todos: são mais de 400 mil pessoas. Os salários são baixos e Portugal continua a ter um salário mínimo que é dos mais baixos da Europa. As alterações climáticas são uma ameaça real, basta pensarmos no caso dramático dos incêndios que vivemos no ano passado. A forma correta de ver o PIB e os outros dados positivos da economia do País é reconhecer o que eles significam e trabalhar para fazer o que ainda falta.

Todos sabemos que é muito, e que é urgente.

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