Jovens com salários muito baixos
O fundo europeu Garantia Jovem, destinado a reduzir o desemprego jovem, não está a dar os resultados desejados. Os empregos são temporários, precários e mal remunerados. Pior, os estágios não conferem vínculo às empresas e, sendo encurtados na sua duração de 12 para 9 meses, depois os jovens nem direito têm ao subsídio de desemprego! Relevante percentagem deles não tem capacidade remuneratória para arrendar casa, nem para constituir família. Há uma grande discussão para inverter os índices demográficos mas, na prática, os jovens vão adiando descendência, já que a precaridade e os baixos salários, constituem um impedimento a ter filhos. Aqueles fundos europeus deverão ser usados para promover emprego efectivo, salários decentes e direitos sociais. Jovens licenciados recebem pouco mais do que o “Salário Minimíssimo Nacional”. Uma vergonha! O primeiro-ministro tem dito: «Mais emprego, melhor emprego.» Assertivo, mas é preciso passar das palavras à acção e o PS, enquanto Governo, não altera as Leis Laborais, originando baixos salários, precaridade e desproteção social. Estas condições não podem ser uma condenação fatal para os jovens e, no dizer de economistas, não promovem sustentado crescimento económico. A dignidade do trabalho exige a luta por salários decentes, com trabalhadores motivados e distribuição da renda... equitativa.