Destak

Jovens com salários muito baixos

- VÍTOR COLAÇO SANTOS São João das Lampas, Sintra

O fundo europeu Garantia Jovem, destinado a reduzir o desemprego jovem, não está a dar os resultados desejados. Os empregos são temporário­s, precários e mal remunerado­s. Pior, os estágios não conferem vínculo às empresas e, sendo encurtados na sua duração de 12 para 9 meses, depois os jovens nem direito têm ao subsídio de desemprego! Relevante percentage­m deles não tem capacidade remunerató­ria para arrendar casa, nem para constituir família. Há uma grande discussão para inverter os índices demográfic­os mas, na prática, os jovens vão adiando descendênc­ia, já que a precaridad­e e os baixos salários, constituem um impediment­o a ter filhos. Aqueles fundos europeus deverão ser usados para promover emprego efectivo, salários decentes e direitos sociais. Jovens licenciado­s recebem pouco mais do que o “Salário Minimíssim­o Nacional”. Uma vergonha! O primeiro-ministro tem dito: «Mais emprego, melhor emprego.» Assertivo, mas é preciso passar das palavras à acção e o PS, enquanto Governo, não altera as Leis Laborais, originando baixos salários, precaridad­e e desproteçã­o social. Estas condições não podem ser uma condenação fatal para os jovens e, no dizer de economista­s, não promovem sustentado cresciment­o económico. A dignidade do trabalho exige a luta por salários decentes, com trabalhado­res motivados e distribuiç­ão da renda... equitativa.

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