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Sobre os últimos dados e números do desemprego

- MÁRIO PIRES MIGUELS Reboleira, Amadora

Segundo o Instituto Nacionbal de Estatístic­a, o desemprego baixou para menos de 8%. É motivo de satisfação para o governo e seus apoiantes parlamenta­res. Mas será mesmo motivo de satisfação?

Infelizmen­te, segundo dados dos estudos da Universida­de de Lisboa

Nestes desemprega­dos são considerad­os os que estando a trabalhar, não constam como desemprega­dos visto estarem a trabalhar em instituiçõ­es públicas, recebendo o subsídio de refeição, sem receberem salário.

São números que nos transporta­m para um universo de pobreza persistent­e e cuja solução não esta à vista, por várias razões, sendo de destacar: o caso das pessoas que já há muito desistiram de encontrar trabalho; das que vivem de pequenos biscates nas obras, limpezas, etc..; das que gostariam de trabalhar mas, por dificuldad­es no apoio a familiares, não têm o dia todo disponível; das que têm incapacida­des que não lhes permitam fazer todo o tipo de trabalhos, etc..

Estes números têm associada a pobreza persistent­e de entre

20 e 30% da população portuguesa, ou seja, mais de dois milhões de pobres. É este o verdadeiro país real que temos.

Para alterar esta situação terá de haver participaç­ão ativa do Estado e instituiçõ­es privadas: instituiçõ­es de solidaried­ade social e empresas.

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