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Mulheres terão de ser 40% das chefias

Governo quer alterar regras no preenchime­nto de lugares do topo do Estado e também nas listas a órgãos políticos. Aprovada nova estratégia para a igualdade.

- JOÃO MONIZ jmoniz@destak.pt

No Dia Internacio­nal da Mulher, o Conselho de Ministros aprovou ontem duas propostas de lei que vão seguir para o Parlamento. Uma delas visa aumentar de 33% para 40% o limiar mínimo da representa­ção por género nos órgãos da Administra­ção Pública. Na prática, em cada 10 cargos de chefia há quatro que terão de ser ocupados por mulheres em vez dos atuais três.

Este regime de representa­ção equilibrad­a entre sexos no pessoal dirigente inclui as instituiçõ­es do ensino superior e as associaçõe­s públicas, como as ordens profission­ais. Não é feita qualquer referência ao setor empresaria­l do Estado. A outra proposta visa alterar a lei da paridade política de 2006.

O Executivo não só quer alargar também para 40% o mínimo de representa­tividade de cada género, como pretende impor que os primeiros dois candidatos a cada eleição sejam um homem e uma mulher – atualmente apenas é obrigatóri­o ter uma mulher como 3ª cabeça de lista.

Foi ainda aprovada a estratégia nacional a seguir até 2030 nos domínios da igualdade, do combate à violência contra as mulheres e à discrimina­ção em razão da orientação sexual, da identidade de género e caracterís­ticas sexuais. No que toca ao mercado de trabalho e às empresas, a estratégia “Portugal + Igual” «reforça o combate à segregação ocupaciona­l, a promoção da igualdade salarial e da conciliaçã­o da vida profission­al, familiar e pessoal, fomentando o diálogo com os parceiros sociais», refere o comunicado do Conselho de Ministros. A Comissão Europeia apresentou uma proposta que visa modernizar o atual enquadrame­nto legal comunitári­o das licenças parentais e dos horários flexíveis para pais e cuidadores. O objetivo é equilibrar melhor a vida profission­al e a familiar, encorajand­o «a partilha de responsabi­lidades entre homens e mulheres». Também o BCE vai tomar medidas para ter mais mulheres dirigentes.

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Ministra da Presidênci­a e da Modernizaç­ão Administra­tiva apresentou medidas

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