Viva o futebol inglês!
Como adepto do futebol, ao ver gente ligada aos três grandes nos seus respetivos canais de televisão a fazer discursos inflamados de acusação, quais “virgens ofendidas” donas da “verdade desportiva”, e depois assistir a casos como a detenção de um dirigente do Benfica, acusado de corrupção; constatar a grande coincidência que foi um pagamento de uma “dívida” (!) do Porto ao Estoril em vésperas da 2ª parte de um jogo em atraso; ver adeptos do Sporting festejarem a morte de adeptos do Benfica, e vice-versa; ouvir adeptos do Porto a pedir a morte de árbitros; ver a programas, ditos desportivos, mais concretamente, o programa Prolongamento, da TV 24 – como é possível que um canal permita um programa destes –, que é tudo menos um programa de futebol; assistir a uma armadilha montada a um assistente de um árbitro por um ex-dirigente do Sporting, depositando uma quantia de dinheiro na sua conta bancária... É caso para perguntar: que futebol é este em Portugal? Eu quero é o futebol inglês! Para mim, é o melhor futebol do mundo, na relação de competividade, qualidade e tempo de jogo: tem os melhores adeptos do mundo; dos melhores jogadores do mundo; respeitam os árbitros, mesmo quando estes erram. Para eles, o mais importante são os artistas, os grandes golos, as grandes defesas, as grandes jogadas, e também os grandes frangos e grandes falhanços. No fim, todos se cumprimentam com grande ‘fair play’. base. Dito isto: quando Donald Trump ganhou as eleições presidenciais americanas, a Dra. Elina Fraga juntou-se a uma manifestação que, no essencial, protestava contra os resultados eleitorais.
E a nós ensinaram-nos que era democrático aceitar os resultados eleitorais, quando legítimos. Ou seja, uma ex-bastonária da Ordem dos Advogados portuguesa, participava numa manifestação contra um presidente [democraticamente] eleito, num país estrangeiro. Eleito segundo as regras do sistema eleitoral dos Estados Unidos da América. Passado um ano e poucos meses, a mesma jurista, é eleita no país dela para a direção do seu partido [PSD]. E aí foi vaiada pelos militantes que não gostavam dela. “Justiça poética”, dizem os americanos. Cá se fazem, cá se pagam, diz-se por cá.