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Quase metade já pagou fora do prazo

- JOÃO MONIZ jmoniz@destak.pt

Falta de dinheiro já levou 41% dos consumidor­es a deixar um serviço por pagar. Taxa máxima dos cartões de crédito vai ficar no valor mais baixo de sempre.

No âmbito do Dia Mundial do Consumidor que hoje se assinala, a Intrum revelou um dado alarmante: em Portugal, 41% dos consumidor­es já deixou de pagar uma ou mais contas no último ano no prazo devido. E 42% assume que o problema é não ter dinheiro para pagar.

Ao Destak, o diretor geral da empresa especializ­ada em serviços de gestão de crédito fala numa ideia préconcebi­da que pode ser problemáti­ca. «Habitualme­nte acreditamo­s que as dívidas e os avisos de pagamento do banco são os mais preocupant­es e acabamos por esquecer o resto das faturas como a luz, telefone, internet, ginásio e seguro de saúde que quando não são pagos também podem originar situações menos agradáveis», revela Luís Salvaterra.

Para evitar problemas, a Intrum defende que os consumidor­es devem seguir vários passos. Desde logo ter um orçamento familiar (planeado e respeitado), com um calendário das datas de todos os pagamentos devidos, e analisar as contas bancárias pelo menos uma vez por mês.

E quando não for mesmo possível pagar a tempo, deve-se informar o credor dessa situação. Do mesmo modo que se deve ser transparan­te com as empresas de recuperaçã­o de crédito sobre as reais capacidade­s (ou dificuldad­es) financeira­s. Essa será a melhor estratégia para encontrar uma solução, que poderá passar por uma extensão do prazo ou um pagamento faseado. No 1º primeiro trimestre deste ano, e pela primeira vez em dois anos, a taxa de juro máxima dos cartões de crédito registou uma subida, para 16,4%. Agora o Banco de Portugal resolveu descer essa percentage­m para o 2º trimestre, fixando-a em 15,9%. Como este teto nunca tinha ficado abaixo dos 16%, na prática é o valor mais baixo desde que começou a ser implementa­do.

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Luz, telefone, internet ou ginásio são serviços que tendem a ficar para trás

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