Ainda agora chegou e já a maldição da sombra do Relvas parece pairar, novamente, sobre o PSD deste Rui Rio
Há quem defenda que a história sempre se repete e cada vez mais os factos comprovam a veracidade deste princípio. As constantes trapalhadas dos partidos políticos, com os seus acólitos se querendo auto promover aos olhos da populaça, são disso uma constante evidência. Uns dizem-se engenheiros sem o serem. Outros dizem-se doutores igualmente sem o serem. Outros afirmam ter competências sem as possuírem. Para tentar comprovar os seus falsos estatutos académicos e aptidões profissionais servem-se dos mais ardilosos meios. Movem as sua influências pessoais de gente bem posicionada e receptiva à conivência das poucas vergonhas desses verdadeiros camaleões do disfarce. Falsificam documentos, servem-se das lacunas da lei, mentem sem despudor nos currículos e, depois, quando descobertos, têm a desfaçatez de negar tudo e ainda a pouca vergonha de se auto vitimizar como virgens inocentes. É esta classe de criatura que nos quer governar. Que ambiciona o poder, o protagonismo da visibilidade e colhe as mordomias da governação num vale tudo escabroso. Os protagonistas por vezes são relações antigas ou mesmo velhos amigos merecendo a confiança dos lideres políticos, que tentam a todo o custo desvalorizar as ignóbeis artimanhas dos seus correligionários. Numa desesperada tentativa, por um lado para se auto proteger do erro cometido na indigitação, por outro numa estranha teimosia dar protecção ao próprio intrujão, argumenta-se que foi um mero lapso, nada de intencional. É caso para parafrasear aquele célebre seleccionador nacional “E o burro sou eu?!”. Mas é precisamente este instinto proctector dos lideres políticos que, na verdade, é apreensivo.
Que os farsantes voltem em seu redor, camuflando a verdadeira índole do seu carácter aos olhos do seu líder ainda podemos admitir, mas depois de tudo o que é denunciado continuarem estes a desvalorizar uma conduta imprópria, persistindo em alimentar uma mentira e, por vezes, chegando ao ponto de parecer querer legitimá-la, torna-se uma falta de carácter deveras preocupante e uma afronta à inteligência dos portugueses. E depois querem estes senhores ser respeitados por quem lhes deu um voto de confiança na governação do País e na condução do bem estar dos seus incautos cidadãos, que acabam assistindo estupefactos à recorrente impunidade destes “lapsos”. Serão todos eles casos bem premeditados ou vamos ser todos estúpidos por um instante e deduzir que se trata de uma maldição?