Destak

Agora, atacam-se os jogadores

- LÍDIA PARALTA GOMES Jornalista do semanário ‘Expresso’

Chegámos a um qualquer grau zero de noção no nosso futebol. A cada semana que passa, é mais penoso. Já se atacaram dirigentes, os árbitros são atacados desde que o futebol existe e agora, sem surpresa, mas com tristeza, chegou a vez de se atacar os jogadores. Não é difícil fazer uma denúncia anónima à Procurador­ia-geral da República, nas redes sociais, no site da Federação Portuguesa de Futebol. Se há dúvidas, denuncie-se.

É claro que por estes dias, conforme a cor da camisola de cada um, há algumas ações muito suspeitas. Quando um vídeo de Kleber a esfregar maços de notas de dinheiro começou a circular nas redes sociais, o avançado brasileiro viu uma acusação contra si entrar no DCIAP, por corrupção e fraude,

«Por estes dias, conforme a camisola de cada um, há ações muito suspeitas»

dias após a 2ª parte do Estoril-fc Porto. Logo se provou que o vídeo era antigo, de uma altura em que Kleber nem sequer jogava em Portugal. Mas a queixa anónima já lá estava, o nome de Kleber já andava pela imprensa. Depois foi a vez de Fábio Pacheco, do Marítimo, ser acusado de facilitar frente ao Benfica. Tal como Tiago Silva, do Feirense e formado no Benfica, acusado de provocar a sua própria expulsão para beneficiar as águias. E no mesmo dia o guarda-redes do Boavista, Vágner, também ele vítima de uma queixa anónima após o lance do segundo golo do FC Porto na última jornada. Tudo isto são armas de arremesso. Tudo isto machuca e massacra sem provas, só com o objetivo de machucar e massacrar. Só que um dia os futebolist­as podem cansar-se. E sem futebolist­as, não há futebol, pura e simplesmen­te.

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