Maternidade fica para depois dos 30
Portuguesas são mães pela primeira vez aos 29,6 anos, mas a maioria (54,7%) só tem um filho depois. Portugal é o 4º país da UE onde há mais primogénitos: 52%.
Os sinais de alerta ecoam há muito tempo e o último Eurostat sobre a natalidade só vem agravar as crescentes preocupações. De acordo com os dados de 2016 do gabinete de estatísticas europeu, nesse ano nasceram 87 126 bebés em Portugal, o que dá uma média de 1,36 por mulher em idade fértil.
O nosso país regista o 3º índice de fecundidade mais baixo na União Europeia (UE), só acima do registado por Espanha e Itália (1,34) e aquém da média comunitária (1,60). O relatório, consultado pelo Destak, tem outros indícios do fraco rejuvenescimento populacional.
Entre os mais de 87 mil bebés que nasceram, 45 269 eram o 1º filho. Esta percentagem de 52% é a 4ª mais elevada na UE (e acima da média de 46,2%), o que indicia uma menor vontade dos portugueses para alargarem a família.
Essa tendência é confirmada pelo escasso peso dos bebés que eram o 3º
Com 1,36 bebés por mulher em idade fértil, Portugal tem o 3º índice de fecundidade mais baixo da UE
filho (8,7%) ou o 4º e subsequentes (3,1%). Esta taxa combinada de 11,8% é a 2ª mais baixa na UE, cuja média é de 18,1%. Refira-se, neste âmbito, que os segundos filhos são pouco mais de um terço (36,2%) dos bebés. Em média, as portuguesas foram mães com 29,6 anos, a 7ª idade mais elevada na UE, onde a média são 30 anos. Mas 50,7% das portuguesas que deram à luz em 2016 tinham entre 30 e 39 anos e 4% tinham mais de 40 (um subgrupo onde Portugal tem o 6º valor mais elevado). Em sentido contrário, apenas 4,4% das mães tinham menos de 20 anos (estamos em 12º no que toca a mães adolescentes).