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«Portuguese­s são muito sensitivos»

Está entre as vozes mais celebradas no nosso país dos últimos anos. Benjamin Clementine encerra hoje (21h30), no Campo Pequeno, a minidigres­são ibérica.

- REDAÇÃO redacao@destak.pt

Dono de uma voz singular em temas que a crítica dificilmen­te consegue catalogar, Benjamin Clementine tem grandesexp­ectativasp­araaminidi­gressão ibérica do álbum I Tell a Fly. «Somos todos viajantes neste mundo; só temos de estar cientes sobre esse facto», afirma ao Destak a voz de canções emblemátic­as como God Save the Jungle ou Phantom ofallepovi­lle. «É a mensagem que passo quando atuo ao vivo».

As suas passagens pelo nosso país levam-no a arrastar uma legião de fãs em salas quase sempre esgotadas, desde que se estreou, há três anos, no Super Bock Super Rock. «Honestamen­te, não faço ideia porque sou tão adorado em Portugal», confessa o cantor britânico. «Talvez por os portuguese­s serem muito sensitivos e gostarem de canções melancólic­as, como sucede com o fado».

O ano passado, no festival de Paredes de Coura, recebeu um banho de multidão que dificilmen­te esquecerá. «Foiumaexpe­riênciainc­rível.sentique foi lá que percebi que tinha realmente nascido para a música». Para essa satisfação não são alheios os tempos difíceis por que passou na juventude. Aos 19 anos partiu para Paris, depois de ter vivido como sem-abrigo em Londres. Na capital francesa, era mais um das centenas de artistas que atuavam nas ruas, uma experiênci­a que o ajudou a ganhar um instinto de sobrevivên­cia.

«Quando somos sem-abrigo, não temos ninguém que se preocupe connosco, que esteja ao nosso lado para nos ajudar», explica o cantor. «Essa situação não nos permite fazer planos para o futuro. Vivemos apenas o presente!».

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Cantor fala dos tempos como sem-abrigo em Londres e da passagem por Paris

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