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Bancos levam mais de 17 mil milhões

Banco de Portugal (BDP) calculou o impacto do apoio do Estado à banca desde 2007 e revelou que a dívida pública aumentou 2400 milhões de euros em fevereiro.

- JOÃO MONIZ jmoniz@destak.pt

Na nota de informação estatístic­a que ontem publicou, o BDP revela que «as medidas governamen­tais de apoio ao sistema financeiro entre 2007 e 2017 tiveram um impacto acumulado no défice de 9,1% do PIB». Só que a instituiçã­o não refere o montante em euros nem explicita que PIB usou para calcular a percentage­m.

Usando o PIB de 2017, os 9,1% representa­riam 17 563 milhões de euros (M€). Mas há outras contas que podem ser feitas. Num dos anexos à nota ontem divulgada, o BDP explicita que o impacto das ajudas à banca «foi de 7% do PIB de 2015». Ou seja, qualquer coisa como 12 587M€.

Como a instituiçã­o também aponta o montante exato de 2017 (4500M€), fica apenas a faltar o valor de 2016 no tal período que abarca 11 anos. Nos restantes dez, os contribuin­tes contribuír­am com 17 087M€ para os bancos aflitos, o que dá uma média anual de 1708M€.

Uma fatura que irá certamente aumentar, face à necessidad­e de capital na Caixa Geral de Depósitos, que levará o Estado a contribuir com, no mínimo, mais 450M€.

Dívida sobe para 246 000M€

Em fevereiro, a dívida pública situava-se em 246 000M€, um aumento de 2400M€ face ao final de janeiro, divulgou o BDP. Já nesse mês a dívida havia subido (243 600 M€) face ao montante registado em dezembro de 2017: 242 600M€. Os depósitos subiram 2200M€, pelo que a dívida líquida em fevereiro foi de 223 300M€.

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Instituiçã­o presidida por Carlos Costa divulgou a estimativa mais recente

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