Impacto dos refugiados é dos mais baixos na UE
Proporcionalmente, Portugal é o 5º país com menos beneficiários, embora aprove 52% dos pedidos.
Ao longo de 2017, Portugal recebeu 955 pedidos de asilo, tendo dado resposta positiva a 500. É uma taxa de aprovação de 52% que fica acima da média da União Europeia (46% na UE), embora seja apenas a 11ª mais alta entre os 28 Estados-membros.
Deste meio milhar de pessoas, 120 viram ser-lhe concedido o estatuto de refugiado diretamente pelo Estado português e as outras 380 vieram para o país ao abrigo dos programas europeus de recolocação de refugiados. Os dados ontem revelados pelo Eurostat, e que o Destak consultou, colocam a Síria como o principal país de origem dos beneficiários de asilo: os 225 sírios são 42% do total.
Um peso superior à média comunitária (33%), onde também os sírios são a maior fatia de refugiados. Em Portugal, Eritreia (85 - 17%) e Ucrânia (45 - 9%) fecham o pódio dos países de origem mais significativos.
Portugal é o 8º país com menos pedidos (recebidos ou aprovados) no ano passado, mas a reduzida procura é ainda mais notória quando se pondera os asilos concedidos face à população residente. Ou seja, por cada milhão de habitantes, Portugal recebeu 50 refugiados. É o 5º valor mais baixo na UE.
Por outro lado, Portugal é um dos 10 Estados-membros que não teve uma única recolocação – refugiado que se mudou de outro país para o nosso.