«Esquecemo-nos de viver o presente»
Sem pressas, banda que lança agora o disco “Dear Future”, o terceiro na carreira, afirma-se como referência incontornável da pop lusa. Miguel Ribeiro tem a palavra.
Começando pelo título, Dear Future, o que vos inspirou para este vosso terceiro disco de originais? Algum conceito mais ou menos escondido?
Este título acaba por se referir a uma espécie de narrativa para o futuro. Quando começámos a decidir o nome do disco, percebemos que havia um denominador comum nas letras, um núcleo comum que tem a ver com a linha do tempo.
Muitas das canções falam do tempo, umas vezes a esgravatar o passado, outras a abordar as inquitudes do presente, e ainda outras a olhar para o futuro. Ao mesmo tempo, há aquela ideia de que o futuro nos condiciona, na perspectiva em que andamos sempre a viver em função de um futuro idílico, achamos que a felicidade está no futuro, e esquecemo-nos de viver o presente. É bonito sonhar, mas ao mesmo tempo issocondicionaaspessoasanão viver o momento.
Vocês são uma banda assumidamente e descomplexadamente
DIA MUNDIAL DO LIVRO
pop. Como vêem o estado da pop em Portugal?
Acho que estamos a viver uma fase extraordinariamente positiva em termos de criação musical em Portugal, com uma enorme abertura. Nesse capítulo, temos sentido essa abertura no sentido de conquistar novos públicos. Dá a ideia que as pessoas estão mais atentas, mais abertas a experimentar outros sons.
Falando em música e estética pop, como é que o Rui Maia surge na produção deste disco?
Ele já tinha trabalhado connosco no disco anterior. Nós escolhemos o Rui pelas suas ‘skills’ enquanto músico e produtor. Queríamos dar ao disco uma frescura diferente. Quando pensámos no produtor, foi uma escolha praticamente automática e incontornável. Temos grandes cumplicidades musicais e estéticas com o Rui.
E como surge a oportunidade de convidar a Rita Redshoes para cantar no primeiro single do álbum, Waltz for Lovers?
Nós já tínhamos pensado nela para o disco anterior, mas nem sequer ousámos fazer o convite, que acabou por ficar para outras núpcias... que acabaram por ser este disco! Enviámos-lhe o single e o convite e ela, no mesmo dia, respondeu-nos que tinha gostado muito do tema e que aceitava o convite. Foi uma escolha intuitiva. Novo e muito aguardado disco de originais da talentosa cantora e compositora portuguesa, um disco pessoal e intimista, e que conta com convidados especiais como Maro,
Rui Veloso e António Zambujo.
‘The $5.98 EP - Garage Days Re-revisited’ Reedição do histórico EP dos ícones do metal, um disco composto por ‘covers’ de clássicos de nomes como Holocaust, Diamond Head, Killing Joke, Budgie ou The Misfits.
‘A Wrinkle in Time’ Banda sonora original do filme da Disney que adapta ao grande ecrã o homónimo clássico de literatura fantástica editado em 1962 por Madeleine L’engle. Um disco que reune nomes como DJ Khaled, Demi Lovato, Sade, Sia ou Kehlani.