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Estado mais ativo na gestão das rendas

Além dos incentivos fiscais para os proprietár­ios, Governo avança com medidas de proteção para idosos, pessoas com incapacida­de ou quem tenha de mudar-se.

- JOÃO MONIZ jmoniz@destak.pt

Ameta está fixada: o primeiro-ministro quer comemorar os 50 anos do 25 de Abril com as carências da habitação resolvidas em Portugal. O que implica encontrar uma solução, até 2024, para as cerca de 26 mil famílias que não conseguem arranjar casa.

António Costa esteve na apresentaç­ão da Nova Geração de Políticas de Habitação, onde se destacam os incentivos fiscais. Em vez dos atuais 24%, os proprietár­ios que arrendem por mais de dez anos vão pagar apenas 14% de IRS, com a taxa a baixar para 10% nos contratos superiores a 20%. Já os donos de imóveis que integrem o Programa de Arrendamen­to Acessível – que visa alargar «com urgência» o número de casas para arrendar – por um período mínimo de três anos terão uma isenção total de impostos sobre esses rendimento­s.

Mas há mais. O Executivo também pretende que os inquilinos com mais de 65 anos ou com mais de 60% de in- capacidade e que já vivam nas suas casas há um número significat­ivo de anos – critério que está por definir, mas que deverá passar por casos anteriores a 1990 ou pessoas que renovaram os contratos já depois dos 65 anos – vejam o seu arrendamen­to renovado automatica­mente. Como isso não implica congelar as rendas, o Estado passa a dar um subsídio a quem não conseguir pagar a despesa acrescida.

O Governo quer estimular a mobilidade profission­al, compromete­ndo-se a arrendar a casa de quem tenha de mudar-se para trabalhar, devolvendo-a depois caso o dono precise dela.

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António Costa explicou ontem algumas das medidas agora propostas

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