Dragão assiste a um atropelamento
Quando um jogo está 3-0 aos 16 minutos não há muita história para contar. A três jornadas do fim do campeonato, FC Porto dá mostras de saúde física e mental.
Com febre, Aboubakar nem foi para o banco. Mas a ausência do camaronês nunca chegou a ser assunto de conversa, tal foi o desempenho dos seus colegas de equipa. Ao contrário de outros jogos recentes em que protagonizou sessões de tiro de pólvora seca, ontem o FC Porto massacrou o alvo.
O triunfo (muito mais fácil do que se esperaria) sobre o V. Setúbal ficou traçado aos 6 minutos, quando Marega aproveitou uma má defesa de Cristiano para marcar. A tendência da partida ficava patente: uns (os portistas) estavam com a corda toda e outros (os sadinos) eram uma sombra do que fizeram noutros jogos de alta exigência.
Não surpreendeu, portanto, que o marcador se avolumasse. Marcano (num belo remate de bicicleta) e Brahimi mantiveram a eficácia nos 100% e só a ausência temporária de Herrera, que teve de ser assitido fora de campo, abalou a estrutura do FC Porto, que acabou surpreendido por João Amaral.
Mas esse golo foi apenas um capítulo estranho num enredo de domínio absoluto do FC Porto. Com uma disponibilidade física que parecia irradiar de uma motivação mental imparável, os dragões continuaram a abeirar-se da baliza dos visitantes com facilidade, ao ponto de Corona fazer o 4-1 após boa jogada de Ricardo Pereira. EQUIPAS B NA II LIGA
O golo, aos 36’, adiou um pouco a homenagem prestada por todo o estádio a Pinto da Costa, mas não evitou que os 36 anos do presidente no cargo, ontem cumpridos, fossem assinalados com uma das maiores ovações que se viu em noite de goleada. Ânimo maior só nos constantes cântidos dos adeptos a pedirem o FC Porto campeão, meta que terá o maior obstáculo na visita ao Funchal, já na 32ª ronda.
É que, pelo que se viu ontem, mesmo durante a 2ª parte mais calma e já em contenção de esforço, dificilmente este FC Porto irá perder pontos a jogaremcasa.anoiteficouaindamarcada pelo excelente golo de Alex Telles na marcação de um livre direto, pelos minutos de jogo que Gonçalo Paciência teve frente à antiga equipa e pelo regresso de Yannick após lesão.