Cidadãos vão gerir os seus dados médicos
Comissão Europeia quer incentivar a aposta na inteligência artificial e propõe o investimento de 20 mil milhões de euros até 2020. Setor da saúde é prioritário.
Aumentar o investimento público e privado em Inteligência Artificial (AI); preparar as mudanças socioeconómicas; e garantir um quadro ético e jurídico adequado. São estes os três eixos da aposta reforçada que a Comissão Europeia (CE) pretende fazer nesta área. O que passa por, entre fundos públicos e privados, garantir o investimento até 2020 de 20 mil milhões de euros na investigação e inovação tecnológica.
A meta da CE é colocar o espaço comunitário na vanguarda da IA, assegurando que ela é posta ao serviço dos cidadãos. O que passa pela definição do tal quadro ético e jurídico adequado, o que será feito até ao final do ano, independentemente do novo regulamento europeu de proteção de dados pessoais na UE entrar em vigor já a 25 de maio.
Mas mais do que teoria, a Comissão pretende resultados práticos. Nomeadamente no setor da saúde, pelo que já apresentou um conjunto de medidas que visam aumentar a partilha de informação tendo em conta o bem comum. O que passa por garantir o acesso dos cidadãos aos seus dados de saúde, introduzindo-se ain- da a possibilidade de partilhar esses dados além-fronteiras.
«As nossas propostas exploram plenamente o potencial das tecnologias digitais para melhorar os cuidados de saúde e a investigação médica. Tal conduzirá a um acesso mais fácil aos dados relativos à saúde, o que se traduzirá numa melhor prevenção das doenças e a cuidados centrados no doente», explica o comissário que tem a pasta da saúde.
A ideia é que a utilização de grandes conjuntos de dados permitam diagnósticos e tratamentos médicos mais personalizados. Isso irá permitir uma melhor prevenção das epidemias, do mesmo modo que as autoridades públicas poderão socorrer-se melhor dos dados de saúde (utilizando as ferramentas digitais adequadas) para efeitos de investigação e de reforma dos sistemas de saúde. As entidades privadas terão de contribuir.