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Salário mínimo deve subir para 650 euros

CGTP exige subida do SMN dos atuais 580 euros para 650 euros já em 2019 e marca manifestaç­ão nacional para 9 de junho. Para a UGT, chegou a hora de ir para a rua.

- JOÃO MONIZ Com Agência Lusa

Nas comemoraçõ­es do 1º de Maio, o secretário-geral da CGTP exigiu a fixação do salário mínimo nos 650 euros já em 2019. O acordo fixado pelo Governo com os parceiros sociais (todos menos a CGTP) prevê a atualizaçã­o da remuneraçã­o dos atuais 580 euros para 600 euros no próximo ano, mas a Intersindi­cal quer ir mais longe e pede um aumento total de 70 euros, para os tais 650.

Além disso, a CGTP agendou uma «grande manifestaç­ão nacional» para Lisboa a 9 de junho, um sábado, que servirá para «expressar» as suas reivindica­ções, que passam por um aumento generaliza­do para os trabalhado­res dos setores público e privado. «Este movimento de reivindica­ções e luta é para continuar e ampliar.»

Quanto à UGT, embora não afaste as negociaçõe­s, pedindo mesmo ao Governo que vá ao encontro das pretensões dos trabalhado­res, diz que é tempo de agir. «Quando a via do diálogo conduz a resultado zero, então chega o momento de ir para a rua. E é isso que irá acontecer nos próximos dias», afiançou o secretário-geral, que defende a redução do IRC à taxa de 0% durante um período inicial de três anos para garantir a atração de empresas para o interior.

Entre os milhares de pessoas que ontem assinalara­m a data em todo o país esteve a associação Precários Inflexívei­s, que se manifestou na capital. «Os precários associam-se a esta iniciativa porque o 1º de Maio é o dia dos trabalhado­res e os precários, apesar de o serem, também são trabalhado­res, que reivindica­m direitos que não têm.» O PCP defendeu um aumento geral dos salários, consideran­do «um escândalo» que os funcionári­os públicos continuem sem aumentos. Para o BE «não há democracia com precarieda­de». O CDS-PP vai apresentar propostas concretas para melhorar a legislação laboral e o PS assegurou que o aumento de rendimento­s dos trabalhado­res é para continuar no próximo ano e meio.

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Milhares de pessoas estiveram ontem nas ruas de Lisboa e de todo o país

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