Museu do Azulejo encanta estrangeiros
Mais de 80% dos visitantes do espaço lisboeta são estrangeiros, diz um estudo de públicos dos museus realizado em 2015 pela Direção-geral do Património Cultural.
Trata-se do primeiro estudo realizado a 14 museus nacionais – da responsabilidade da Direção-geral do Património Cultural, em conjunto com investigadores universitários –, cujos resultados globais foram divulgados em 2016, e que serão individualmente anunciados a partir da próxima quinta-feira, no Museu Nacional do Azulejo (MNAZ), em Lisboa.
À Lusa, José Neves, coordenador científico do estudo, indicou que, no perfil do Museu Nacional do Azulejo, os estrangeiros têm um grande peso, com os franceses, brasileiros e alemães a liderar as visitas, por esta ordem. «Este estudoacrescentanovainformaçãosobre o que já se sabia sobre o perfil dos visitantes do Museu do Azulejo, sendo 82%estrangeiros,namaioriamulheres, ecomumníveldeinstruçãoequalificação profissional elevados», disse o investigador do Centro de Investigação eestudosdesociologiadoinstitutouniversitário de Lisboa (ISCTE-IUL).
55 nacionalidades
O estudo revela ainda que há 55 nacionalidades a visitar habitualmente o museu alfacinha, 61% dos quais são mulheres, com qualificação escolar elevada e desempenho profissional muito qualificado, e uma média de 45 anos, um pouco acima da média para todos os museus, que é de 42 anos.
O Museu Nacional do Azulejo tem por missão recolher, conservar, estudar e divulgar exemplares representativos da evolução da cerâmica e do azulejo em Portugal, promovendo a inventariação, documentação, investigação, classificação, divulgação e conservação e restaurado da cerâmica, em particular do azulejo – e integra também a salvaguarda patrimonial da igreja e dos demais espaços do antigo Mosteiro da Madre de Deus, onde está instalado.
Já questionado sobre as razões de tão grande atração de visitantes estrangeiros por aquele espaço museulógico, José Neves indicou que estas «residem no facto de o museu estar focado num objeto com características muito associadas à identidade portuguesa».