Passageiros não usam cinto no banco de trás
Estudo conclui que as mulheres têm mais cuidado do que os homens, mas só nos automóveis particulares.
Entre os 21 países analisados pelo European Transport Safety Council (ETSC), Portugal é o 8º com menor taxa de utilização do cinto de segurança nos passageiros no banco de trás. A Prevenção Rodoviária Portuguesa (PRP) quis perceber melhor a realidade e desenvolveu um estudo observacional no concelho de Lisboa, com 634 pessoas que viajavam em carros próprios e 574 utilizadores de táxis.
Os dados, cedidos ao Destak, são preocupantes: apenas 28,7% dos passageiros em viaturas próprias usavam cinto de segurança, percentagem que desce quando o meio de transporte é o táxi (20,4%). As mulheres (33,2%) são mais cuidadosas do que os homens (23%), mas só em automóveis particulares. Nos táxis, são os homens que cumprem mais a lei: 21% contra 17,8%.
A PRP ressalva que os resultados registados em Lisboa não são generalizáveis ao resto do país, mas não deixam de ser «indicadores de que uma grande parte dos passageiros portugueses não usa cinto de segurança quando viaja no banco de trás».
Mais campanhas e fiscalização
«A utilização do cinto de segurança é umas das medidas mais eficazes para reduzir a gravidade das lesões e o número de mortes em acidentes rodoviários entre os utentes dos veículos automóveis», refere o presidente da PRP ao Destak, pedindo maior sensibilização e fiscalização por parte das autoridades.