Destak

Fogo! Diz ele...

- JOAQUIM A. MOURA Penafiel

De todas as demissões que se conhecem, entre todos os intervenie­ntes que se encontram à frente dos vários organismos no árduo e complexo combate aos incêndios, nesse vil e criminoso mar de chamas que inundaram as matas e florestas pelo país fora, uma pergunta está há muito por fazer e a precisar obter resposta. O país todo se interroga, e quer saber quem é e o que faz Jaime Marta Soares, entre outros, personagem omnipresen­te que já quis ser doutor. (...). O homem, com ares de sabichão e de autoridade, aonde quer que emita opinião não se faz rogado e, de cada vez que se pronuncia, expele fogo. Comporta-se como um verdadeiro incendiári­o. (...) Para além das ocupações que exerce, o país mais nada sabe do que ele é capaz, e até se lhe deve algum fogacho de respeito pela actividade desenvolvi­da, para além da sua acrescida condição, de fósforo e gasolina. Talvez seja nesta posição, com capacete na lapela ou de leão ao peito, que ele revele a sua existência, que assusta quem o elege e mantém, que lhe permite a arrogância com que sempre se atira às labaredas de qualquer projecto que apareça para solucionar o drama que leva à morte e semeia a desgraça... e deita abaixo gente credível. O homem, de barbas rebeldes, enverga a incompetên­cia e ninguém o põe em causa. Ele próprio entende que a culpa de tudo que rebenta nas matas e nos relvados é sempre do comandante de uma Autoridade de Protecção Nacional Civil, ou do outro presidente de um simples clube que resolve tudo com chutos nos casos quentes e de balneário.

Dele, é que não. No entanto já há muito que se encontra em fora de jogo e a pedir substituiç­ão no lugar aonde se aquartela e mama sem recorrer a mangueira ou carro de combate. Por que é tão temido?

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