«Já foi anunciado que haverá um 3º filme»
Boas notícias!!! O mais hilariante e politicamente incorreto super-herói da história regressa hoje às nossas salas de cinema. Para celebrar, decidimos entrevistar Ryan Reynolds, o homem por detrás da máscara de “Deadpoll 2”.
Ryan Reynolds tem dividido a fama em três partes iguais. Um terço do seu rosário luminoso é passado na vida estilosa com a esposa Blake Lively. São, juntos e feéricos naquela juventude olímpica, casal de referência em tudo que é capa de revista e lista de par mais sexy do ano. Um terço é desfiado a fazer filmes cerebrais de audiência limitada, como aquele sobre o quadro do pintor austríaco Gustav Klimt ou o outro em que Reynolds passava o tempo dentro de um caixão sepultado. O terceiro terço mais visível e milagroso chegou-lhe ao peito quando fez o filme Deadpool, sobre um herói que gosta de vencer os seus inimigos com mortais para trás e canções introduzidas nos momentos mais despropositados. Este último fio de contas rendeu nas bilheteiras mundiais cerca de 780 milhões de dólares. Com a chegada do novo episódio o actor tenta manter a magia cómica e brejeira sem maçar o público ou estragar a receita infalível. O novo vilão chamase Cable (Josh Brolin), um psicopata violento que se atreve a querer raptar um menino inocente e, pior ainda, a intrometer-se no romance ente o herói e a musa esguia que espera sempre por ele. Comecem já a abanar as ancas.
Fale-me um pouco de como a Celine Dion acabou por participar neste filme. Em que ponto é que a imagem da cantora, muito cuidada, teve cabimento numa comédia de gosto diametralmente oposto ao dela?
A canção, de título Ashes, tinha-nos sido mandada pela empesa discográfica que ia acompanhando a produção. Do nosso lado, a única coisa que sabíamos era que queríamos dar ao filme uma abertura de tonalidades James Bond. Ouvimos a canção repetidamente ao longo de meses e meses. Depois, quando chegou o momento de usar aquele tema para o filme, ficou claro que teríamos de en- contrar uma voz que fosse relevante no panorama da canção pop. Da mesma maneira, teria de ser alguém que conseguisse unir todas estas vertentes e concretizar a ideia devidamente. Surgiram vários nomes. Até que percebemos que a Celine Dion seria a voz e a personalidade ideal. Ela é uma espécie de lenda. E, claro, a voz ideal para entoar uma canção que tem muita força, emoção e beleza. E também importante que a escolha fosse suficientemente esquisita. Só mesmo o Deadpool iria por ali.
Mas como é que conseguiram que a Celine aceitasse o desafio?
Continuo sem perceber como é que isso foi possível. Não sei como é que ela aceitou. Acho que aceitou porque gostou muito da canção. Foi uma decisão que, penso eu, não teve muito a ver com o Deadpool. Por vezes, quando ambicionamos o céu, a única coisa que é preciso fazer é pedir. Escrevi-lhe uma carta muito querida em que lhe disse a verdade. Disse-lhe que sou um fã incondicional dela, lembrei que sou canadiano como ela, que a adoro. Acrescentei que, se ela estivesse interessada, poria a canção à disposição dela. Poucas horas depois, respondeu. E ela disse que sim.
Já há planos para um terceiro Deadpool?
Sim, já foi anunciado que haverá um terceiro filme. Não será um filme totalmente dedicado ao Deadpool, mas algo que engloba todo o universo X-force. Vai ter autoria do Drew Goddard, que tem uma perspetiva muito interessante não só sobre a série X-force, mas também sobre todo o género em que se insere. Vai ser uma coisa nova. Seré toda uma linguagem a virar-se noutras direções.
«[Disse à Celine Dion] que sou fã incondicional dela, lembrei que sou canadiano como ela, que a adoro»