Destak

Perturbaçõ­es mentais matam mais pessoas

Dados de 2016 apontam para aumento da mortalidad­e geral. Morte prematura afeta mais os homens.

- JOÃO MONIZ jmoniz@destak.pt

Em 2016 registaram-se 110 970 óbitos no país, mais 1,9% que em 2015 (109 922). As mortes por doença equivalera­m a 95,6% do total e as causas externas de lesão e envenename­nto originaram as restantes 4,4%, com destaque para os acidentes e sequelas (2,6%).

O Instituto Nacional de Estatístic­a (INE), no relatório ontem divulgado que o Destakanal­isou, salienta que as doenças do aparelho circulatór­io (29,6%) e os tumores malignos (24,7%) estiveram na origem de mais de metade (54,2%) dos óbitos ocorridos no país em 2016, constituin­do as duas principais causas básicas de morte. As doenças circulatór­ias, com o AVC a representa­r 10% das mortes totais, afetaram mais as mulheres (55%) do que os homens e registaram um aumento de 0,5% na mortalidad­e prematura (antes dos 70 anos): o número de anos potenciais de vida perdidos foi de 47 923.

Esse valor é ainda mais elevado nos tumores malignos (111 072 anos), com taxa de morte prematura de 36%. Estas doenças vitimam mais os homens (59,6%). Traqueia, brônquios e pulmão (3,7% dos óbitos totais) são os mais fatídicos, mas leucemias e tumores do pâncreas tiveram o maior aumento percentual.

Em 2016 verificara­m-se 3691 óbitos por perturbaçõ­es mentais e do comportame­nto, mais 13% do que no ano anterior, sobretudo demência: 3480.

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Quase 111 mil residentes em Portugal morreram em 2016, avança o INE

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