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Seguro de vida: é para sempre?

- JOÃO RAPOSO joao.raposo@reorganiza.pt

Regra geral só nos preocupamo­s com o Seguro de Vida na altura de contratar um crédito habitação. E dada as papeladas que estão envolvidas em todo o processo de financiame­nto de uma casa, o seguro de vida acaba por ser apenas mais um papel para assinar. Infelizmen­te acabamos por subscrever o seguro que o banco recomenda, sem fazermos contas. Mas será sempre vantajoso subscrever esse seguro sugerido pelo Banco? A resposta é NÃO! Não podemos dizer que seja sempre vantajoso, mesmo que isso implique ter a redução no spread. Cada caso é um caso. Lembre-se que a exigência de subscrição de um Seguro de Vida é apenas para garantir que o banco fica salvaguard­ado em caso de alguma fatalidade dos proponente­s do crédito. Mas o facto de indicarem uma seguradora específica é apenas porque essa é mais vantajosa para o Banco e não necessaria­mente para si. A “moeda de troca” que os clientes recebem é uma redução ao spread contratado naquele Crédito Habitação, mas poderá fazer sentido equacionar se a mudança de seguradora traz mais benefício face ao agravament­o do spread. É uma questão de fazer contas. São vários os clientes que já pouparam dezenas de milhares de euros, ao longo do período do contrato de crédito, só pelo facto de mudarem de seguro. Esta decisão não se reduz em exclusivo aos cálculos do preço final, pois é preciso saber comparar realidades comparávei­s e perceber bem as coberturas de cada um. Para isso, é essencial saber ler as cláusulas para garantir que não estar a mudar de seguradora e depois ficar com menos proteção. A qualquer altura poderá mudar de seguradora. Está sempre a tempo de o fazer. A vontade de querer mudar é a única coisa que precisa. Depois é só uma questão de avaliar alternativ­as com detalhe. Para isso poderá consultar algum mediador de seguros que fará esse trabalho por si.

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