Portugal recebe os menos qualificados
Na lista dos Estados-membros que têm mais cidadãos ativos emigrados, Portugal surge em 4º lugar, mas ocupa a última posição no que toca a migrantes licenciados.
Portugal é o quarto país da União Europeia (UE) com mais cidadãos nacionais em idade ativa a residir noutro Estado-membro. Segundo o Eurostat, 13,9% dos portugueses entre os 20 e os 64 anos vivia noutro país da UE em 2017. Uma subida face aos 11% registados em 2007 e que fica quase quatro vezes acima da média da UE: 3,8%.
Mas o relatório do órgão de estatísticas europeu, que o Destak consultou, tem outro dado relevante. Além de ser um dos países que mais pessoas ativas perde, Portugal é aquele que recebe menos pessoas qualificadas. Ou seja, apenas 16,1% dos imigrantes são licenciados, o valor mais baixo em toda a UE, onde a média é de 32,4% – o dobro, portanto. Inclusive, Portugal é o país com a maior diferença ao nível das qualificações a favor dos cidadãos locais: 23,7% têm uma formação superior.
Melhoria na retenção de talento
Portugal subiu dois lugares no Global Talent Competitiveness Index de 2018, ocupando a 29ª posição desta listagem que analisa a capacidade de atrair e reter talento a nível global. Portugal passa assim a integrar o ‘pelotão da frente’ neste ranking, onde Lisboa surge em 19º lugar entre 90 cidades escrutinadas. Tolerância a minorias e emigrantes e qualidade de vida são dois dos indicadores com melhores resultados.
Efeito do salário mínimo
Para a Comissão Europeia, o aumento do salário mínimo não prejudicou a criação de emprego, mas pode estar a desincentivar os trabalhadores a aumentarem as suas qualificações.