Destak

Mitigar os abusos no trabalho precário

Parlamento Europeu (PE) aprovou resolução onde pede à Comissão Europeia e aos Estados-membros que tomem medidas para combater o emprego precário.

- JOÃO MONIZ jmoniz@destak.pt

Após várias petições, inclusive com origem em Portugal, a denunciar a utilização abusiva dos contratos de trabalho a termo e situações de precarieda­de, o PE pediu que os responsáve­is políticos alterem esta realidade – como o Destak noticiou na segunda-feira, 22% das vagas em Portugal são emprego temporário – e deu exemplos concretos.

Para os eurodeputa­dos, as inspeções devem garantir que os trabalhado­res sujeitos a disposiçõe­s contratuai­s temporária­s ou flexíveis beneficiem, «pelo menos, do mesmo nível de proteção que todos os outros trabalhado­res». Cada país deve adotar novos instrument­os vinculativ­os que restrinjam o recurso ao trabalho precário, tornando-o menos atrativo para os empregador­es, e desincenti­var o uso de contratos a termo para funções que são permanente­s e duradouras.

Esta posição do PE surge um dia depois de a concertaçã­o social – com exceção da CGTP – ter aprovado uma série de alterações à legislação nacional. É preciso agora que o Parlamento dê luz verde e o BE disse ontem estar disponível para negociar.

O partido ressalvou que não está de acordo com algumas das propostas, como a extensão do período de experiênci­a dos jovens e desemprega­dos de longa duração de 90 para 180 dias, mas admitiu que outras já faziam parte do entendimen­to com o PS (limitar a contrataçã­o a termo e precária, que desce de três para dois anos, não podendo ser renovada por mais do que esse período).

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Ministro do Trabalho acabou por ser elogiado pelos representa­ntes patronais

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