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«Os 50 é uma idade de balanço»

No livro “Sem Medo dos 50”, Vera Valadas Ferreira, com ajuda de 17 ilustres, tenta dar resposta à questão: o que significa ser “cinquentão” nos dias que correm?

- REDAÇÃO redacao@destak.pt

Elisabete Jacinto, João Quadros, António Pires de Lima, Xana Nunes ou José de Guimarães, entre outras, são algumas das personalid­ades portuguesa­s na casa dos 50 anos de idadequeaj­ornalistac­onvidoupar­acolaborar no seu livro de estreia.

Sei que tens 43 anos. Porquê este livro quando ainda estás a uns aninhos dos “temidos” 50 anos? Estás-te já a preparar? Como te surgiu a ideia deste livro?

Na verdade, esta era uma ideia antiga da editora Livros Horizonte, que queria fazer um livro de entrevista­s sobre a vida aos 50 anos de idade. Isto porque os 50 são uma faixa etária um pouco esquecida. O que é uma injustiça: é uma faixa etária muito importante na nossa socierdade, com uma grande força produtiva, que toma conta de si, dos descendent­es e, muitas, vezes, dos ascendente­s. É injustiça não falar dos 50. Além disso, há aquela teoria de se dizer que os 50 anos são os novos 40 e por aí fora...

E a que conclusões é que chegaste sobre o que representa ter 50 anos hoje em dia?

Uma das coisas que me apercebi que os 17 entrevista­dos mostraram ter em comum, foi que nenhum se sente nos seus 50. Sentem-se todos mais jovens. Sentem-se mais jovens do que os seus pais e avós quando tinham 50 anos. Além disso, são mais ativos fisicament­e: aquela ideia de que com estas idade uma pessoa é mais sossegada e já não reage tanto a estímulos físicos, intelectua­is, culturais ou amorosos está compleatem­nte ultrapassa­da.

Como lidas com o avançar da idade?

Lido bem. Pessoalmen­te, acho que lido melhor agora do que quando tinha 20 ou 30 anos O importante, além de saúde e essas coisas, é perceber que os

50 é uma idade de balanço, porque, em princípio, já vivemos mais de metade da nossa vida, mas ainda há muita coisa por fazer.

A lista de personalid­ades com quem colaborast­e na feitura deste livro é bastante ecléctica. Qual foi o teu critério? Porquê estes “cinquentõe­s” em particular?

Era importante serem pessoas diferentes entre si, ligadas a áreas distintas. Não conhecia a maior parte delas antes de começar o livro e acabou por ser um desafio convidar as pessoas e seduzi-las com este projeto. Todas acabaram por aderir muito bem à ideia e ficaram muito entusiasma­das. A maior parte das vezes falei com os entrevista­dos em ambiente intimista e isso acabou por dar um tom confession­al aos depoimento­s e testemunho­s.

Vera V. Ferreira estará domingo, às 17h30, no pavilhão da Livros Horizonte da Feira do Livro de Lisboa

Criar uma relação de confinaça com os teus entrevista­dos, foi o grande desafio que enfrentast­e neste projeto?

Sim, até porque muitas não estão habituadas a falar de si.

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