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Lixo vai ser taxado conforme quantidade

Portugal está longe de cumprir as metas de resíduos em aterro, de reciclagem e reutilizaç­ão. Solução passa por sistema que reforçe cobrança a quem polui mais.

- JOÃO MONIZ jmoniz@destak.pt

No ano passado, cada cidadão em Portugal continenta­l produziu 1,32 kg de lixo por dia, totalizand­o 4,75 milhões de toneladas, mais 2,3% que no ano anterior. Já a taxa de deposição de resíduos urbanos biodegradá­veis em aterro aumentou para 43%, mais dois pontos percentuai­s, enquanto na reutilizaç­ão e reciclagem (38%) os valores mantiveram-se inalterado­s face a 2016.

Na apresentaç­ão do Relatório sobre o Estado do Ambiente, o ministro da tutela admitiu ontem que Portugal está longe das metas de deposição de resíduos em aterro, de reciclagem e reutilizaç­ão. Mas João Matos Fernandes espera uma melhoria nos próximos dois anos, com a entrada em vigor de contratos que visam potenciar a recolha seletiva.

Além do investimen­to nesta área, será revisto no verão o plano de resíduos sólidos urbanos e dados os primeiros passos para implementa­r um sistema Pay As You Throw (PAYT), em que o consumidor paga consoante a quantidade de lixo que produz. O ministro insistiu ainda no esforço da educação ambiental, ponto em que tem o acordo da Quercus: os portuguese­s estão mais consciente­s dos problemas ambientais, mas não sabem como reduzir a quantidade de lixo que produzem ou como separar para a reciclagem.

Por último, refira-se que as emissões de gases com efeito de estufa aumentaram (o valor final está por apurar), mas a qualidade do ar não se deteriorou, apesar dos fogos florestais.

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João Matos Fernandes, tal como a Quercus, quer mais educação ambiental

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