Poupar 380 mil euros por dia com remédios
Serviço Nacional de Saúde (SNS) pode gastar menos 416 milhões de euros entre 2018 e 2020, valor que soma aos 4 mil milhões de euros poupados em 15 anos.
Ouso de medicamentos genéricos e biossimilares no SNS significa uma poupança potencial de 416 milhões de euros entre 2018 e 2020». A garantida é do presidente da APOGEN - Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos e Biossimilares. Segundo Paulo Lilaia, nos últimos 15 anos, o SNS poupou 4 mil milhões de euros com o uso deste tipo de medicamentos, sendo que 75% deste valor (3 mil milhões de euros) se referem ao período entre 2011 e 2017.
«O uso de medicamentos genéricos e biossomilares permite, para além de uma poupança vital para a sustentabilidade, o maior acesso de doentes às terapêuticas e a canalização do investimento em medicamentos inovadores que tragam valor terapêutico acrescentado», explica o dirigente numa comunicação enviada ao Destak. Acrescente-se que, na Europa, os genéricos representam 62% da totalidade dos medicamentos dispensados, permitindo poupar mais de 100 mil milhões de euros e servindo mais de 500 milhões de doentes.
Serviços fecham em julho
A entrada em vigor da redução de ho- rário semanal de 40 para 35 horas poderá levar alguns hospitais a encerrarem serviços a partir de 1 de julho. O alerta é da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH). À Renascença, o presidente da APAH ressalvou que o problema é «grave». «A redução de disponibilidade de recursos humanos nos hospitais vai colocar em causa a prestação de cuidados de saúde e vamos ser obrigados, em princípio, a reduzir os cuidados programados, nomeadamente encerrar alguns serviços, para manter o nível de qualidade.»
A chamada de atenção surgiu no mesmo dia em que o Presidente da República defendeu uma Lei de Bases da Saúde com princípios claros, mas orgânicas e estruturas flexíveis, com um «equilíbrio virtuoso» entre público, privado e social. Já o presidente do PSD está disponível para um acordo alargado nesta área.