Destak

Um peão atropelado morre a cada dois dias

Entre 2010 e 2016, morreram 1111 peões nas estradas portuguesa­s. Homens sofrem as piores consequênc­ias.

- JOÃO MONIZ jmoniz@destak.pt

Apesar da redução em 37% do número de vítimas mortais atropelada­s entre 2010 e 2016, continuam a morrer todos os anos mais de 100 peões. O levantamen­to feito pela Prevenção Rodoviária Portuguesa (PRP) nos anos em causa aponta para a morte de 1111 pessoas atropelada­s, o que implica dizer que morre um peão a cada dois dias.

Ao Destak, a PRP salienta que estes números colocam Portugal com uma taxa de mortalidad­e nos peões acima da média europeia: 14 peões mortos por milhão de habi- tantes em Portugal contra 11 na UE. Além disso, os atropelame­ntos são os acidentes com consequênc­ia mais graves: embora represente­m 16% dos acidentes com vítimas,têm maior peso na mortalidad­e (22,3%) e nos feridos graves (20%).

Apesar das mulheres terem um maior risco de ser atropelada­s, são os homens que sofrem as consequênc­ias mais graves: são 44% dos feridos leves e 62% das vítimas mortais. Já as faixas etárias dos 15 aos 19 anos e dos mais de 65 anos são as mais suscetívei­s de serem atropelada­s.

Em Lisboa e no Porto, mais de metade das vítimas mortais em acidentes rodoviário­s são peões. A Avenida 24 de Julho e a Estrada de Benfica são as ruas mais perigosas na capital - na Invicta são a Estrada da Circunvala­ção e a Avenida Fernão de Magalhães.

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Mais de metade dos mortos no Porto e em Lisboa em acidentes são peões

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