Recital limita as dúvidas a duas posições
Defesa central e 4º médio são os lugares em aberto. Os 13 campeões europeus asseguram uma espinha dorsal que ganha vida com a irreverência dos estreantes.
Oinsuspeito Luís Figo coloca a Espanha, ao lado do Brasil, como a principal favorita a vencer o Mundial na Rússia. Mas ‘nuestros hermanos’ ocupam apenas o 10º lugar do ranking da FIFA, o último divulgado antes da prova, enquanto Portugal manteve a 4ª posição. Isto para dizer que o jogo de estreia da Seleção Nacional, a 15 de junho, não será fácil, mas há motivos para sorrir depois de ontem.
Ao terceiro jogo de preparação, não só Portugal venceu como a máquina pareceu mais afinada. E a presença de Cristiano Ronaldo assume incontornável importância neste contexto. Não apenas pelos golos que marca – ontem até ficou em branco – mas por se assumir como um farol que orienta o sentido da equipa, quer ataque em 4-4-2 ou em 4-3-3.
Fernando Santos disse ter muitas dúvidas sobre que equipa vai apresentar na 1ª jornada do Mundial, mas ontem terá ficado com mais certezas. É incontornável que nove dos titulares de ontem têm lugar garantido: Rui Patrício – que foi destinatário do carinho incondicional dos 53 014 espetadores que estiveram na Luz –; Pepe, Cédric e Raphael Guerreiro; William Carvalho, João Moutinho e Bernardo Silva; Ronaldo e Gonçalo Guedes.
A presença assegurada do jovem avançado será mais discutível, mas a exibição de ontem, em que marcou dois golos (17’ e 55’) plenos de oportunidade e se adaptou bem às movimentações ofensivas e defensivas, deverão dar--lhe primazia face a um André Silva que teve uma má época. Surgem, então, as duas dúvidas.
Bruno Alves esteve em bom plano, mas uma Argélia muito talentosa individualmente mas inconsequente coletivamente não foi grande teste. O experiente central terá a concorrência de José Fonte e Fernando Santos até poderá optar por ir rodando os três veteranos defesas (Pepe incluído).
No miolo, a dúvida será entre Bruno Fernandes e João Mário. O atual jogador do Sporting tem mais golo (fez o 2-0 aos 37’, de cabeça, após cruzamento de Ronaldo), é mais efetivo no último terço, mas a ex-estrela leonina dá outras garantias no posicionamento defensivo.
Depois do jogo com a Bélgica, Portugal voltou a terminar um jogo sem sofrer golos, a base do selecionador