Arranque sem grande pompa
As circunstâncias terão determinado o evento deste género mais curto (e poupado) de que há memória.
Mesmo num país que não é conhecido pela liberdade de expressão, foram abundantes as críticas aos gastos excessivos na construção de estádios e outras infraestruturas para o Mundial. Talvez por isso o governo russo tenha optado por uma cerimónia de abertura austera. E das mais rápidas de que há memória.
Umas poucas centenas de figurantes estiveram no relvado, sem grande aparato cénico. Pode-se mesmo dizer que em Moscovo só se viu a circunstância, nada de pompa. Até mesmo no discurso Vladimir Putin foi surpreendentemente contido.
Não que se fossem repetir as vaias escutadas no arranque do Mundial no Brasil, por exemplo, mas o presiden- te russo não quis dar argumentos aos muitos ativistas e políticos que não o consideraram digno de participar na festa do futebol. Tal como o líder da FIFA, apelou à «paz e compreensão mútua» entre países e disse estar feliz com a receção do evento.
Como anunciado, a animação musical esteve a cargo de Robbie Williams, com o músico britânico a fazer um dueto com uma artista da casa, a soprano Aïda Garifoullina. Iker Casillas teve depois a honra de mostrar o troféu ao público, acompanhado pela modelo Natalia Vodianova, enquanto Ronaldo, o fenómeno brasileiro, levou a bola para o primeiro jogo da prova.
Seguem-se outros 47 na fase de grupos, onde metade das 32 seleções em competição passará aos oitavos de final. As eliminatórias terão, depois, mais 16 encontros, incluindo o que irá atribuir o 3º e 4º lugares.