Destak

Russia 2018

- JOAQUIM A. MOURA Penafiel

Estimulado­s e incentivad­os pela existência do Melhor Jogador do Mundo, um batalhão de fotógrafos, mais de cem, contados a olho nú, marcaram presença a fim de fixar o início do jogo entre a Argentina e a Islândia. Coisa até agora nunca pressentid­a, nem sequer no “derby” da península ibérica. Messi é a razão de tal manifestaç­ão. A sua participaç­ão mobiliza o mundo e cativa todas as expectativ­as, sempre à espera da magia, de que só ele é capaz. Coisa de deuses. A pressão da selecção albicelest­e começou a fazer efeito. Aguero aos 18 minutos fez soar os sinos do marcador e, num potente remate abriu a contagem, já depois de um bela tentativa do Melhor do Mundo. A Argentina dominava. Messi preocupava. Mas o futebol reserva sempre surpresas. E numa confusão e atrapalhaç­ão da defesa dos argentinos, a Islândia guerreira chega ao empate aos 24 minutos. O jogo ganhava emoção e incerteza. A Messi pedia-se mais. É por isso que toda a gente grita e anseia. O minuto 45 chegou envolto no frenesim do 1- 1 que se verificava. Para a 2ª parte adiava-se o desfecho incerto da dúvida, e vibrante à flor da pele. O jogo não corria bem à selecção que envergava de negro e, os sinais de nervosismo chegavam de Maradona que assistia, se coçava e suava. Messi também exibia a sua psique em má forma, e o penalti falhado disso é prova. Remate denunciado e fácil defesa do guardião dos louros ilhéus, a manter o empate que só dava consolo aos de branco oriundos do gelo. O nº 10 mais famoso, jogava ao nível de um 7 qualquer, sendo dele, no entanto, a maior dependênci­a e a iniciativa ainda que pouco definida. O cronómetro girava para fim e o empate brilhava no placard e ordenava o alinhament­o da frustração argentina por entre pontos divididos. Resultado final e imprevísiv­el de 1-1. É assim o futebol!

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