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Capital Europeia Verde 2020

- DUARTE CORDEIRO Vice-presidente da Câmara de Lisboa

Hoje, quinta-feira, Lisboa saberá se foi escolhida como Capital Europeia Verde 2020. No momento em que escrevo não sei se iremos conquistar este reconhecim­ento, mas é importante divulgar as razões que nos levam a estar, pelo segundo ano consecutiv­o, na lista das cidades finalistas deste prémio. Lisboa não tem indicadore­s ambientais ao nível de algumas cidades no norte da Europa, mas a evolução registada e o facto de ser um caso tipo dos desafios ambientais que se colocam à Europa do Sul, tornam-na numa série candidata. É expectável que nas próximas décadas tenhamos uma redução da chuva, cada vez mais concentrad­a nas estações do ano mais frias, e um aumento médio da temperatur­a. Devemos, portanto, avançar num programa de expansão de espaços verdes que arrefeçam a temperatur­a da cidade e que reforcem a nossa política da água. Lisboa, desde 2009, já ganhou 200 hectares para novos espaços verdes e tem a expectativ­a de ganhar mais 200 hectares até 2021; foram criados três corredores verdes; estima-se que 600 famílias beneficiem das hortas urbanas e existe a vontade de plantar 80 mil árvores até 2020. E apesar do aumento das áreas verdes, prevê-se uma redução do consumo da água em 17%. Por outro lado, o Plano Municipal de Drenagem prevê um enorme investimen­to ao nível da água e algumas inovações, como a utilização de água reciclada na rega ou na lavagem de ruas. Ao nível da energia, Lisboa é, neste momento, uma das poucas cidades com soluções partilhada­s elétricas de carros, motas ou bicicletas e a frota municipal de ligeiros será, no futuro, elétrica ou híbrida. Todo este trabalho tem sido para melhorar da vida das pessoas e das futuras gerações, mas seria positivo reforçar esta dinâmica com o reconhecim­ento externo.

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