Destak

«[A Daphne Kluger] é uma tipa impossível»

Pausa no Mundial!! Estreia hoje nas salas “Ocean’s 8”, um ‘spin-off’ ultra-feminino da famosa série de filmes com os ladrões mais ‘cool’ da 7ª Arte. Agora chegou a vez de uma versão ‘girl-power’. Falámos com Anne Hathaway.

- JOHN-MIGUEL SACRAMENTO, em Hollywood

Anne Hathaway, signo astrológic­o escorpião de 1982,jánãotemna­daque provar. O seu reinado das artes é tão consagrado e revestido de aplauso que, por vezes, há quem pense que a princesa Hathaway parece demasiado distante, pronta a ser mostrada numa categoria só dela. Desde miúda que fazia Shakespear­e na escola. Depois subiu ao escalão do cineminha feito para meninas da Disney. Em O Diário da Princesa, a sua boquinha adorável de patinho feio até mostrou talento suficiente para ter ali ao lado as benesses da deusa intocável Julie Andrews. Estava dado o mote. Dali em diante, a Anne só foi sendo vista na melhor das companhias. É por aí que se nota o valor do mecanismo. Fez, com Ang Lee, o Brokeback Mountain, capaz de nos partir o coração com o seu retrato de garota feliz da pradaria que tomba na realidade. Cantou e deslumbrou­numsótake,aovivopara­acâmara e sem música enlatada, a voz de Fantine do musical Os Miseráveis. Fez frente à grande Meryl Streep no Diabo Veste Prada, prova de guerra a que nem todas as atrizes novatas sobrevivem, sobretudo no terreno traiçoeiro da comédia com garras afiadas. Entretanto, no ano passado, se bem se lembram, Anne deu-nos outra pepita fulminante com o filme Colossal. Ficou dito: esta mulher não tem mais nada que provar. Estasemana,comoumacóc­eganacarre­ira pesada, a Anne aparece em Ocean’s 8, um ‘thriller’ cheio de mulher bemvestida­quetentaas­saltarobaú­de jóias durante a Met Gala. Olhem para ela a dominar calmamente, outra vez.

Como é que descreveri­a um dia perfeito passado com a sua família em Nova Iorque?

Ainda há pouco tempo fomos dar uma volta os três: o meu marido, o meu filho e eu. Logo pela manhã. Saímos de casa e estava um dia lindo, vinte e poucos graus, sol. Como tinha estado a chover, era como se tudo na- quele passeio matinal estivesse lavado de novo. O que geralmente gostamos de fazer com o miúdo é deixar que ele nos guie pelo dia fora. Se a meio da caminhada quer entrar no túnel e viajar de metro, então descemos as escadas e viajamos de metro. Se lhe apetece deixar o carro e ir de autocarro, vamos de autocarro. Se há um cortejo na avenida com cavalos, ficamos ali horas a ver os cavalos. Um dia perfeito em Nova Iorque tem muito a ver com isso, com deixar o dia correr por si em toda a sua liberdade. É bom quando há uma folga no calendário que nos permita passar esses momentos em conjunto. Em Nova Iorque há sempre coisas a acontecer. Obrigado por notar a diferença.

Já alguma vez teve de passar por isso na vida, fingir-se estúpida?

Não. Nunca. Mas já passei por isto muitas vezes: as pessoas pensam que eu estou apenas a fazer-me de idiota quando, na verdade, sou autenticam­ente idiota. (risos) Lembro-me que foi um momento muito doce. Foi uma experiênci­a de grande carinho. Tinha eu 12 anos.

Qual é a sua lista de locais românticos em Manhattan ou arredores?

Bom, o sítio mais romântico é um segredo que vou guardar para mim. Dito isto, gostaria de sublinhar que Nova Iorque é também um sítio romântico, mesmo quando estamos sozinhos. Alguns dos sonhos que me ligam à cidade estão ligados a desejos de infância. Sempre sonhei em viver em

«Lembro-me tão bem da primeira vez que fiz uma peça no Public Theater, o primeiro ensaio»

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